Dia Mundial da Alimentação: controle de doenças na agricultura evita perdas de 38% de alimentos

 

“A preocupação mundial com a segurança alimentar exige tecnologias eficientes na produção agrícola”, afirmou Otavio Menten, diretor da Andef, durante o I Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos para um Futuro Sustentável, realizado no último dia 15, em São Paulo

 

O diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), José Otavio Menten, apontou a defesa agropecuária como item estratégico num planejamento político agropecuário. “Sem o controle eficiente de pragas e doenças nas plantações, o Brasil estaria muito longe da posição que hoje ocupa no cenário mundial”, afirmou ele, para cerca de 150 participantes do I Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável, realizado ontem (15), em São Paulo. O evento contou com a participação da Organização Mundial para Agricultura e Alimentação, FAO, como parte das iniciativas que marcam o Dia Mundial da Alimentação, comemorado internacionalmente hoje, 16 de outubro.

 

Otávio Menten citou o estudo da própria FAO; segundo a entidade, as tecnologias de proteção vegetal evitar perdas nas culturas da ordem de 38%. “Pode-se calcular as conseqüências dramáticas com a escassez de frutas, hortaliças e grãos, como milho, arroz, soja e feijão – apenas para citar alguns itens imprescindíveis na cesta de alimentos da população.”

 

O diretor executivo da Andef exemplificou com o surgimento da ferrugem da soja, na safra 2001/02: o registro de novos produtos, em tempo recorde, para o controle da doença, então desconhecida na soja, evitou que sua colheita caísse para a metade da atual. “Os novos produtos garantiram que o país se tornasse o segundo maior produtor e líder na exportação mundial. Cite-se, também, a cana-de-açúcar, cujo derivado biocombustível, o etanol, se tornou o paradigma mundial de sustentabilidade como alternativa ao petróleo.” O segmento de defensivos agrícolas investe cerca de 12% de seu faturamento em novas tecnologias.