Para 2009, no entanto, a expectativa é de retração da economia por conta dos efeitos da crise financeira internacional no país.

O mercado financeiro espera por um desempenho melhor da economia em 2010. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, subiu de 3,50% para 3,60%. A alteração ocorre após 19 semanas seguidas de projeção de crescimento mantida em 3,50%.

A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo BC com base em prognósticos de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

Para 2009, no entanto, a expectativa é de retração da economia por conta dos efeitos da crise financeira internacional no país. A estimativa de queda do PIB foi mantida em 0,34%. Há quatro semanas, a projeção de retração era de 0,57%.

Na avaliação das instituições financeiras consultadas pelo BC, a produção industrial também deve se recuperar em 2010, com crescimento de 4,25%, contra 4,08% previstos no boletim anterior. Neste ano, entretanto, a expectativa é de retração de 6,09%, 0,9 ponto percentual a mais em relação ao estimado na semana passada.

A estimativa para a relação entre dívida líquida do setor público e PIB subiu de 40,50% para 41% neste ano e caiu de 39,10% para 39,81% no próximo ano.

O dólar deve chegar ao final de 2009 valendo R$ 1,95 e não mais R$ 2, como previsto no boletim anterior. Ao final de 2010, a moeda americana deve custar R$ 2, a mesma estimativa há quatro semanas.

A projeção para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) subiu de US$ 22 bilhões para US$ 22,9 bilhões, neste ano. Para 2010, a expectativa foi ajustada de US$ 19 bilhões para US$ 20 bilhões.

Para o déficit em transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 16 bilhões para US$ 15,1 bilhões neste ano e permaneceu em US$ 22 bilhões em 2010.

A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano. Para 2010, a projeção de entrada desses recursos subiu de US$ 26,3 bilhões para US$ 27 bilhões.