Custo da cesta básica cai em nove capitais, mostra pesquisa do Dieese
|
O preço da cesta básica teve redução em agosto em nove das 17 capitais onde é realizada a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na apuração anterior, o custo tinha caído em 14 das 17 capitais. Comparando-se ao valor de agosto do ano passado, foram constatadas quedas em 12 capitais. Já no acumulado de janeiro a agosto deste ano, 15 capitais registraram variações negativas. A maior baixa foi em Natal (3,22%), com o valor da cesta básica em R$ 194,11. Aracaju foi a capital onde a cesta básica ficou com o menor valor - R$ 168,06 - 3,12% inferior ao de julho. Nas demais capitais o valor da cesta básica foi o seguinte: Fortaleza, R$ 176,57, com queda de 3,05%); João Pessoa, R$ 178,12, queda de 3,02%); Salvador, R$ 191,12, queda de 2,34%); Recife, R$ 186,31, queda de 2,09%); São Paulo, R$ 225,69, queda de 0,65%; Belo Horizonte, R$ 213,51, queda de 0,48% e Brasília, R$ 217,27, queda de 0,23%. A cesta mais cara foi encontrada em Porto Alegre, custando R$ 238,67%, 0,51% acima do valor de julho. Com base nesse valor, o Dieese estimou que o trabalhador precisaria de uma renda mínima de R$ 2.005,07 para suprir as necessidades da família, incluindo os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Para o trabalhador que ganha o salário mínimo ( R$ 465,00), foi necessário cumprir uma jornada de 96 horas e 37 minutos na média das capitais pesquisadas, um pouco abaixo da média de julho, que foi de 97 horas e 12 minutos. Em agosto do ano passado, esse tempo era maior: 110 horas e 12 minutos. Segundo o coordenador da pesquisa, o economista José Maurício Soares, em relação ao ano passado houve maior oferta de produtos, o que barateou os itens no mercado doméstico na maioria das capitais pesquisadas. O preço do feijão, por exemplo, caiu em 11 capitais com a maior queda registrada em Goiânia (-9,75%), seguida de Curitiba (-6,43%). O óleo de soja ficou mais barato em nas 17 capitais, com destaque para Porto Alegre (-8,88%), Brasília (-7,26%), Vitória (-7,14%) e Aracajú (-7,09%). O preço da manteiga subiu em 11 cidades, com variações mais expressivas em Manaus (5,09%), Natal (2,65%) e Fortaleza (2,38%). Nas localidades onde esse produto ficou mais barato as quedas mais significativas ocorreram em Goiânia (-7,46%), Vitória (-7,46%) e Recife (-4,49%). O açúcar subiu de preço em oito capitais, alcançando 9,55% de alta em Salvador e 5,52% em Belém. De acordo com análise técnica do Dieese, com a proximidade do final da colheita da cana-de-açúcar na Região Centro-Sul, os preços tendem a cair. |
Deixe seu comentário