O gasto médio, por presente, deve ser de R$ 120, segundo pesquisas em Santa Catarina

Debaixo dos pinheiros enfeitados para o Natal os celulares devem ser maioria entre os presentes este ano. Com a tecnologia cada dia mais acessível, como acesso à Internet, os aparelhos móveis estão entre os preferidos de quem vai presentear. Em segundo lugar na lista de desejos aparecem os televisores, de preferência LCD. Apesar das atenções estarem voltadas ao segmento de tecnologia, os compradores querem presentear, mas sem gastar muito. No caso dos celulares, os modelos mais vendidos são os que variam entre R$ 200 e R$ 300.

“O celular tem que fazer de tudo: tirar foto, acessar a Internet, mandar mensagens e e-mails. Só não pode custar muito”, comentou o gerente de uma das unidades das lojas Koerich, Fábio Nascimento. O preço é o grande norteador da pesquisa feita pela professora aposentada Maria da Glória, 70. Ela procura um celular com três chips, ou seja, três opções para operadoras de telefonia. “Não quero gastar mais de R$ 300”, sinalizou.

A vontade de economizar está no discurso dos compradores e se reflete diretamente nas pesquisas. Segundo um levantamento feito pela empresa de pesquisas Deloitte, realizado com 750 consumidores no mês de novembro, os brasileiros informaram que querem gastar menos com presentes de Natal. Metade garantiu que o valor médio de cada compra deve ficar entre R$ 10 e R$ 30. Em 2011, o gasto médio foi entre R$ 50 e R$ 99.

Apesar da vontade expressa em economizar, os vendedores aconselham a compra dos televisores por causa da baixa do preço em alguns modelos. “Temos aparelhos em LCD que tiveram o preço reduzido em quase R$ 500”, anunciou o vendedor da lojas Casa Bahia, Romulo Maciel, que por enquanto, ainda espera pelo acréscimo das vendas. “Por enquanto os clientes estão focados em pesquisar e pedir descontos”, argumentou.

Planos de compras

Os catarinenses devem gastar, em média, R$ 123,70, em cada presente de Natal, segundo pesquisa divulgada Federação das CDLs do Estado. Valor que passa perto da expectativa do gerente da marca de roupas Damyller, Flávio Nuernberg, que aguarda gastos médios de R$ 150 por cliente. “Por enquanto as pessoas estão levando presentes de Natal para os parentes mais próximos. Mas acredito que se sobrar dinheiro do 13º salário, os clientes vão voltar para fazer mais compras”, aguarda o gerente.

O plano da cabelereira Patrícia Bennert, 25, é gastar no máximo R$ 200 na compra de brinquedos para a filha de cinco anos e para os três sobrinhos pequenos. Para o namorado, o presente não deve custar mais de R$ 80. “A estratégia é economizar em tudo que eu puder, afinal, eu não quero começar o ano com dívidas”, comentou a cabelereira preocupada com a compra de material escolar da filha e com as tradicionais contas de começo de ano, como o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

A ideia da assistente administrativa, Andresa Mendes, 24, também é guardar dinheiro para começar o ano sem dívidas. “Não pretendo gastar mais de R$ 500 em três presentes”, calculou, levando em consideração a compra de uma televisão para a casa. “Quero me presentear nesse Natal”, revelou.