Confiança do empresário do comércio fecha o ano em mínima histórica
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Avaliação dos empresários quanto à situação do país foi a que mais caiu (Fotos: Murici Balbinot/Agência Adjori)
No entanto, variações positivas nos subíndices que medem as expectativas e as intenções de investimentos demonstram leve otimismo dos comerciantes em dezembro
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu em dezembro mais um recorde negativo na série histórica, iniciada em março de 2011. O índice registrou 79,9 pontos, queda de 1,4% em relação a novembro e de 26,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O subíndice mais afetado negativamente foi a avaliação dos empresários quanto à situação atual do País, que ficou em 37,7 pontos, numa escala que varia de 0 a 200 pontos. Foi o menor já alcançado na série histórica, com redução de 12,2% na comparação com o mês passado e de 50,8% ante dezembro de 2014. "A ampliação das taxas negativas indica deterioração da percepção dos varejistas quanto às condições atuais, especialmente concentradas na avaliação ruim sobre a economia. A impressão negativa das condições correntes é generalizada, observada nos segmentos de empresas de maior e menor porte", explica Izis Janote Ferreira, economista da Confederação.
Expectativas futuras
Apesar da ampliação das avaliações negativas das condições atuais, variações positivas nos subíndices que medem as expectativas e as intenções de investimentos apontam um sinal de otimismo dos comerciantes neste fim de ano. Quebrando uma sequência de cinco meses de reduções consecutivas, o subíndice que mede as expectativas dos empresários do comércio alcançou 120,6 pontos, leve alta de 1,0% em relação a novembro. O subíndice Icec que avalia as condições de investimentos registrou em dezembro 81,3 pontos, acima dos 80,3 pontos alcançados em novembro. Para a CNC, a variação positiva foi influenciada pelas intenções dos empresários de contratar mais pessoal no mês do Natal, uma das principais datas para o varejo.
Apesar do pequeno incremento nos dois subíndices na base de comparação mensal, eles acumulam queda na variação anual. O índice de Expectativas do Empresário do Comércio registra queda de 15,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já no índice relacionado a Investimentos, a redução em relação a dezembro de 2014 é de 23,6%.
Estoques no Natal
A satisfação dos empresários em relação ao nível de estoques teve queda de 1,6% no comparativo mensal e cerca de um terço dos entrevistados consideram que têm estoque acima do adequado nesse fim de ano. A CNC estima que neste Natal o volume de vendas no varejo deverá ser 4,8% menor que na data do ano passado
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