O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou queda de 0,8% de outubro para novembro, ao passar de 106 pontos para 105,2 pontos. Os dados foram divulgados hoje (27) e apontam que a diminuição do otimismo em relação aos meses seguintes foi a principal causa para o resultado, além de um ajuste nas previsões para a produção física no curto prazo.

Um dos subíndices que compõem o ICI, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1%, para 104,2 pontos, e ficou acima da média histórica recente (127 pontos) pelo terceiro mês seguido. O Índice da Situação Atual (ISA) apresentou redução de 0,6% e ficou em 106,2 pontos. Com isso, retornou a um patamar inferior à média (113,4 pontos).

Segundo a FGV, a combinação dos resultados do ISA e do IE sinalizam perda de fôlego no ritmo de recuperação da atividade industrial em relação aos meses anteriores.

O item que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios teve a principal influência para a redução do ISA no período, ao diminuir 1,2%, para 112,7 pontos, patamar inferior à média (113,4 pontos).
A parcela de empresas que consideram a situação atual fraca aumentou de 11% para 12,8%. Já a parcela que considera a situação boa subiu de 25,1% para 25,5%.

A principal contribuição para a queda do IE é o quesito que mede as expectativas para a produção nos três meses seguintes, que caiu 3% e ficou em 126,9 pontos em novembro. O nível é inferior à média recente (127). A proporção de empresas que esperam aumentar a produção subiu de 40,3% para 42,4%. A parcela das que esperam diminuí-la cresceu de 9,5% para 15,5%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu de 84,2%, em outubro, para 84%, em novembro, mantendo-se um pouco acima da média histórica recente de 83,7%.