Na reunião: deputado federal Valdir Colatto (FPA), ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, Wagner Rossi (Conab) e representantes da CNA, ABITRIGO, OCB e Banco do Brasil

 “Temos que trabalhar para que a indústria brasileira compre a safra de trigo nacional para não deixar sobrar o trigo brasileiro e proteger o nosso agricultor”, disse o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), durante a reunião, desta quarta-feira (21/10), da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em Brasília.

 

A reunião contou com a presença do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Wagner Rossi, de representantes da Confederação Nacional da Pecuária e Agricultura do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO), da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e do Banco do Brasil. Foram tratados temas como a situação da produção de trigo, dos estoques e da comercialização da safra 2009/2010.

 

Representantes do setor produtivo mostraram-se preocupados com a comercialização do trigo, com a baixa efetividade das políticas agrícolas, além da estocagem brasileira. Preocupado com a produção dos triticultores e com os estoques, o deputado Colatto ressaltou que “precisamos trabalhar fortemente com os estoques e as indústrias brasileiras. Mostrar, por exemplo, que temos 70% do trigo nacional e saber como a indústria vai consumir, para que eles possam escoar a safra brasileira. Temos que pensar em formas de proteger os nossos triticultores. O trigo está ocupando os espaços dos armazéns e não tem espaço, isso é um problema”, disse o deputado.

 

Em resposta, o ministro Reinhold Stephanes disse que está trabalhando para melhorar o setor, com ações como a suspensão da licença de importação automática da Argentina – para que o trigo deste país entre no Brasil no momento certo e não quando a Argentina precisar – e o aumento da alíquota de importação para 35%, para evitar a compra de outros países. Outro ponto levantado pelo ministro foi o apoio a comercialização do trigo para suportar a diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado. Atualmente, o preço mínimo está R$ 530/tonelada, e o preço de mercado, R$ 480, por tonelada.