Comércio começa a sentir efeito tardio da queda de juros
Lojistas querem que administradoras de cartões também reduzam taxas
Apesar do Comitê de Política Monetária (Copom) ter freado a seqüência de reduções na taxa básica de juros nesta quarta (02.09), só a partir de agora o comércio passa a sentir com mais intensidade os efeitos da queda na Selic, que saiu de um patamar de 13,5% para 8,5% em apenas seis meses. “Até agora, o recuo dos juros foi bastante considerável, mas o benefício para setores como o varejo vem mais tarde”, aponta Sergio Medeiros, presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC). Com os juros mais domesticados, a entidade acredita num segundo semestre melhor do que o primeiro, quando o setor amargou retração de 6,3% frente ao mesmo período de 2008. “As altas taxas praticadas no ano passado foram vilãs para muito lojistas, que entraram em 2009 no limite”, afirma Medeiros.
Cartões – Preparados para um cenário de manutenção da Selic nos próximos meses, os lojistas só lamentam que as taxas praticadas pelas empresas de cartão de crédito não tenham seguido a mesma trajetória de queda da Selic desde o início do ano. “Os únicos juros que não baixaram foram os dos cartões, que em alguns casos até aumentaram”, lembra Osmar Silveira, presidente da CDL de Florianópolis. “Está mais do que na hora de o governo federal intervir para regulamentar a atuação dessas empresas”, opina o líder lojista.
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