Também serão apresentados resultados do Bônus Eficiente, que comercializou eletrodomésticos com 50% de desconto
Cinco projetos de eficiência energética em indústrias catarinenses começam a sair do papel nesta sexta-feira, dia 14, com o aporte de R$ 20 milhões que serão oferecidos, via financiamento, pelo projeto “Indústria + Eficiente”, do Programa de Eficiência Energética – PEE - da Celesc. A ação tem o objetivo de reduzir o desperdício de energia elétrica na indústria, renovar o parque fabril catarinense, reduzir os custos de produção e contribuir para o ganho de competitividade da indústria catarinense.
Os projetos vencedores, que terão o convênio assinado nesta sexta-feira, são das empresas Tigre, que receberá R$5,9 milhões; Sadia, com dois projetos: um de R$2,7 milhões na unidade de Chapecó e outro de R$1,3 milhão na unidade de Concórdia; e Tupy, com mais dois projetos que totalizam R$9,8 milhões. Os contratos serão assinados durante reunião plenária da Federação das Indústrias de SC/Fiesc, em Florianópolis, às 11h.
“Inscreveram-se ao todo 25 projetos, a um custo total de mais de R$ 38 milhões. Os projetos receberam uma nota com base em cálculo determinado pela ANEEL (considerando a energia economizada, a redução de demanda e a relação custo-benefício) e serão executados ainda em2013”, conta o presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni.
O Indústria + Eficiente atende todos os requisitos de eficiência energética estipulados pelo Programa de Eficiência Energética da Aneel – PEE Aneel, e as empresas vencedoras foram selecionadas a partir da inscrição de projetos via chamada pública. A ação foi lançada pela Celesc e Governo do Estado no dia 17 de agosto, em evento na Fiesc para selecionar e financiar, a juro zero, projetos de eficiência energética em instalações industriais. Os investimentos acontecerão em 2013 para promover a renovação do parque fabril catarinense e reduzir os custos das indústrias com energia elétrica, permitindo ganho de competitividade.
A chamada pública foi destinada a consumidores industriais, livres ou cativos. Os projetos apresentados deveriam obedecer aos critérios estabelecidos no Manual do Programa de Eficiência Energética da ANEEL e os benefícios calculados para o mesmo deveriam ser, no mínimo, 33% maiores que os custos. A Celesc irá repassar a verba para as empresas conforme apresentação de notas, execução das obras e fiscalização. A recuperação do investimento será parcelada, com número de parcelas limitado ao valor da economia verificada, que será comprovada por processos de medição e verificação ao final da implementação.
A indústria catarinense responde por 42,5% de toda a energia consumida no Estado e, segundo pesquisa da Fiesc, enquanto 70% dos industriais possuem metas de redução do consumo de energia, 23% deles apontam a falta de financiamento como a maior dificuldade para a identificação das oportunidades de eficiência energética. Em linhas gerais, os projetos são de substituição de motores de baixo rendimento por motores de alto rendimento, o que vai gerar economia de energia para as indústrias.
Confira o quanto as indústrias vencedoras vão economizar:
TIGRE: Com a execução do projeto, a Tigre terá uma economia de 10,54% do consumo anual da empresa e a redução de demanda na ponta de 9,06% .
SADIA - Unidade de Chapecó: Estima-se uma redução de 3,55 % em relação ao consumo total da instalação.
SADIA – Unidade de Concórdia: a empresa estima uma redução de 2,11 % em relação ao consumo total da instalação.
TUPY - Os dois projetos trarão à Tupy uma economia de energia de 2,14% do consumo anual.
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