Depois de oito anos na diretoria do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, o ex-governador Casildo Maldaner deixa o posto e retorna ao Senado Federal, no próximo dia 31 de janeiro. Maldaner era primeiro suplente do senador Raimundo Colombo, eleito e empossado no governo do Estado.

À frente do banco desde 2003, Casildo ocupou diversos postos na diretoria: foi presidente duas vezes, diretor financeiro, operacional e de acompanhamento e recuperação de créditos – função que ocupava até então.

Durante esse período, o banco elevou o valor de operações contratadas de R$ 530 milhões em 2003 para R$ 1,83 bilhão em 2010. Entre os principais destaques da gestão, Maldaner lembra do processo de interiorização e descentralização da ação do banco. “Rodamos toda Santa Catarina, palestrando nas cidades sede das secretarias de desenvolvimento regional, para que elas fossem também promotoras do crescimento em suas regiões, utilizando o BRDE como instrumento. Além disso, fortalecemos grandes parcerias, como associações empresariais e cooperativas de crédito, que hoje ampliaram em muito a área de atuação da instituição”, recorda.

Também houve forte incentivo ao desenvolvimento de atividades específicas, como o reflorestamento, pregado por Maldaner como alternativa econômica viável e ecologicamente sustentável – que acabou lhe rendendo o apelido de ‘reflorestador’. A expansão da atividade do BRDE no Mato Grosso do Sul – hoje uma realidade, a luta pelo acesso direto do BRDE aos recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, a redução dos índices de inadimplência do banco também foram realizações importantes.

No campo cultural, o BRDE mereceu o reconhecimento da ADVB-SC, que por duas vezes deu ao banco o título de “Empresa Cidadã” pelos serviços prestados à comunidade na área. Seu lema, durante todo o período em que esteve no banco, foi “está aberta a temporada da criatividade”, caracterizando o incentivo constante à diversificação produtiva em Santa Catarina.

Esta é a segunda passagem de Maldaner pelo Senado. Foi eleito para o cargo em 1994, exercendo a função de 1995 à 2003. Neste período, entre outras coisas, foi o presidente do primeiro Conselho de Ética do Senado, aprovou projetos importantes, como o do passaporte universitário, e comandou a famosa CPI das Obras Inacabadas. Propôs ainda a criação do Fundo Nacional para a Defesa Civil, que tramita na casa. “Continuarei sendo um ‘embaixador’ do BRDE e, acima de tudo, do desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina no Senado Federal”, afirma.