As consultas para vendas a prazo, que sinalizam o ritmo de atividade do comércio, caíram 7,56% durante os 30 dias de realização da Copa do Mundo em relação ao mesmo período de 2013. Na comparação mensal, a queda foi de 6,94%, segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizaro Junior, a Copa do Mundo atraiu investimentos em infraestrutura e turistas de várias partes do mundo, mas não trouxe resultados positivos para as vendas no comércio. Uma das principais razões é a transferência dos gastos dos consumidores para as áreas de alimentos e bebidas, como restaurantes, supermercados e bares, setores em que os tíquetes médios são mais baixos e geralmente pagos a vista.
"O mundial impulsionou a economia de modo muito concentrado. Enquanto alguns setores do comércio e serviços lucraram com o aumento da procura, outros como os de bens de maior valor agregado sofreram com a queda da demanda". explica Pellizaro Junior.
Além do cenário desfavorável de inflação persistentemente alta e crédito mais caro, os feriados decretados em algumas cidades-sede e o encerramento mais cedo do expediente em dias de jogos da seleção brasileira contribuíram para a queda das vendas no varejo.
Metodologia
O indicador tem abrangência nacional e considera as consultas realizadas ao banco de dados do SPC Brasil para vendas a prazo. As variações mensal e anual são calculadas a partir da razão do número de consultas realizadas entre os dias 12 e 13 de junho (data de inicio e término da Copa do Mundo) sobre o total de consultas do mesmo intervalo de 2013 e 30 dias imediatamente antes da abertura do mundial.
Economia
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