Para Mantega, política fiscal sólida é a base para o país voltar a crescer já neste ano

 Mesmo com um crescimento abaixo das expectativas em 2012 e da dos de inflação insatisfatórios no início de 2013, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, continua otimista.

Segundo Mantega o país reúne fundamentos sólidos que balizarão crescimento médio de 4% nos próximos anos e ainda é a menina dos olhos de investidores estrangeiros.

Durante evento realizado ontem em São Paulo, Mantega disse a empresários que os rumos da política fiscal são o ponto forte do governo da presidente Dilma Rousseff. Ainda que sem alguns dados fechados do último ano, comemorou avanços no custeio da máquina pública e da divida do país. Além disso, afirma que o déficit da previdência está controlado. "Mesmo em um período de crise, reduzimos os principais gastos do governo", celebrou o ministro.

Ele adianta que a razão entre o déficit da previdência terminou o último ano em 0,93 % do Produto Interno Bruto (PIB). "Há poucos anos, este déficit era o dobro em relação do PIB brasileiro", argumenta.

As desonerações de setores produtivos estratégicos e o pia no de reforma de tributos como ICMS, PIS e Cofins também pesam na avaliação do ministro. Segundo ele, a redução da carga tributária era um pedido antigo dos industriais e é uma das metas do governo.

Nem mesmo o susto tomado com a aceleração da inflação em dezembro altera o otimismo do ministro. "Inflação não é bom para nada, mas conseguimos es tabilizar nossa taxa de juros em patamar suficiente para garantir o controle dos preços." Em de zembro, o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou uma alta de 0,79% dos preços. Com isso, a inflação re gistrada em 2012 foi de 5,837?.
Investimentos

Mantega também nutriu as expectativas dos empresários com a posição do Brasil nos rankings inter nacionais de atração de investimentos. Em pesquisa realizada pela consultoria Price Waterhou se Coopers, empresários de todo o mundo indicaram o Brasil como o terceiro maior destino de in vestimentos em 2013. À frente do pais estão apenas China e Estados Unidos. Em 2012, o Brasil figurou na quarta posição entre os maiores receptores de investimentos diretos. "Em 2010, estávamos em sétimo lugar.

Esse crescimento significa que o país dá rentabilidade aos estrangeiros", comentou o ministro.
Segundo o ministro, o nível de investimentos, tanto domésticos quanto estrangeiros, determinará o quanto o país poderá crescer nos próximos anos.

Ele aposta nas concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos para estimular o capital privado. Além disso, acredita que os projetos do Trem de Alta Velocidade (TAV), a Copado Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 incrementarão uma soma de investimentos em infraestrutura que pode chegar a R$ 922 bilhões em cinco anos.

"Temos um privilégio de ter um mercado consumidor constituído pelo emprego. Até novembro de 2012, o mercado varejista crescia 8% em doze meses. É algo que nem mesmo a China possui. Ela depende do setor externo. Se não consegue exportar, o país desacelera", explica o ministro. ?
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