BR-101 Sul só fica pronta em 2017, diz estudo da Fiesc
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Engenheiro Ricardo Saporiti (à esq.) e presidente da Fiesc, Glauco José Côrte (Fotos: Filipe Scotti)
Novo levantamento da entidade mostra que falta duplicar 11% e investir R$ 1,22 bilhão, o que equivale a 67% do que foi aplicado na obra até agora
Novo estudo da Federação das Indústrias (Fiesc) mostra que a BR-101 Sul só ficará pronta, na melhor das hipóteses, no primeiro semestre de 2017. Para a conclusão completa da obra, ainda falta duplicar 26,2 quilômetros, o que equivale a 11% dos 238,3 quilômetros do trecho, além de investimentos de R$ 1,22 bilhão, valor que corresponde a 67% do total aplicado até o momento, estimado em R$ 1,82 bilhão. O trabalho foi apresentado nesta sexta-feira (30), em Florianópolis.
"O novo estudo traz informações importantes, como a de que em 2012 houve consistente melhoria no ritmo das obras em lotes que estavam em situação extremamente crítica até então. Por outro lado, o grande volume de investimentos necessários para as obras de arte ainda não executadas é um alerta e mostra que precisamos seguir acompanhando de perto o andamento dos trabalhos, para que não constituam graves gargalos para a logística do Sul de Santa Catarina e do Brasil", afirma o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. "Para minimizar os prejuízos decorrentes do atraso, devemos fazer um grande esforço para reduzir os prazos para conclusão", acrescenta.
O trabalho constatou que houve evolução significativa no ritmo das obras dos lotes 25 (Bananal-Rio Capivari) e 29 (Araranguá-Sombrio). No entanto, das obras e serviços já contratados, ainda falta concluir obras de arte como: oito viadutos e passagens veiculares inferiores; três novas pontes; cinco alargamentos e reforços de pontes antigas, 45 passarelas, além dos 26,2 quilômetros de duplicações e restaurações de pavimentos. O término desse conjunto de obras preocupa pela grandiosidade das construções, mostra o estudo.
O trabalho também destaca as obras ainda não contratadas, como a transposição do Morro dos Cavalos, composta por dois túneis e viadutos (3,3 mil metros), que aguarda análise do estudo de impacto ambiental (EIA) e do relatório de impacto ambiental (Rima) pelo Ibama desde fevereiro de 2011. Depois dessa fase, será elaborado o projeto executivo para posteriormente iniciar o processo licitatório. Outros projetos importantes ainda não contratados são a travessia urbana de Laguna (5,1 quilômetros), o reforço e alargamento da ponte sobre o rio Tubarão (ponte Cavalcanti), que aguardam processo licitatório. E a construção do túnel sob o Morro do Formigão, em Tubarão, está em processo de conclusão da licitação.
A análise também relata as obras e serviços já contratados, mas que ainda não foram concluídos: implantação, pavimentação e construção de viadutos do lote 25; construção de duas pontes sobre o rio Araranguá; construção do viaduto de acesso a Sombrio e a implantação e pavimentação do contorno de Araranguá.
Nos últimos relatórios do andamento das obras de duplicação, disponibilizados pela superintendência regional do DNIT, está prevista a conclusão das obras contratadas, exceto a Ponte Estaiada, de Laguna, para dezembro de 2012. No entanto, a consultoria contratada pela Fiesc considera que será difícil o cumprimento do prazo, pois há obras que não foram iniciadas, como os reforços e alargamentos das pontes antigas sobre os rios Paulo Lopes, Penha, Araçatuba, Cova Triste e Capivari. Para realizar esses serviços, será necessária a interdição do trânsito nas pistas, o que deve causar transtornos para os usuários, alerta o trabalho.
O levantamento, que tem o apoio do CREA/SC, foi realizado em outubro pela Saporiti Engenharia, que percorreu o trecho entre Palhoça e a divisa com o Rio Grande do Sul.
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