Presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, afirma que inclusão no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal foi um avanço para o setor

A inclusão de Santa Catarina no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi–POA) foi considerada pela Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina) um grande avanço para a agroindústria barriga-verde. “As pequenas agroindústrias terão maior competitividade”, destacou o presidente da entidade, José Zeferino Pedrozo. Com a adesão ao sistema, os municípios do Estado podem qualificar e certificar as indústrias locais que poderão comercializar sua produção para todo o país.

“Temos muitos laticínios e frigoríficos de pequeno porte com grande qualidade em produtos lácteos e cárneos que não tinham a oportunidade de exportar a produção para outros Estados”, explica Pedrozo. Em março, seis estabelecimentos do Estado começam a comercializar seus produtos no país com o selo: Gran Paladare, de Chapecó; Latícinios Papenborg, de Biguaçú; Distriboi, de Camboriú; Defumados Pomerode, de Pomerode; Avícola Fragnani, de Cocal do Sul e Frigorífico Vale Europeu, de Ituporanga. Em Santa Catarina, aderiram os segmentos de carnes, aves, suínos e laticínios.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) fará a inspeção higiênico-sanitária e tecnológica em conformidade com as normas do Ministério da Agricultura. Para garantir o ingresso no Sisbi, as indústrias passam por auditorias que avaliam procedimentos de serviço, documentos e planilhas. Também são realizados treinamentos com o quadro funcional, bem como cursos em parceria com o Ministério da Agricultura com o propósito de harmonizar e padronizar os procedimentos de inspeção. Esses fabricantes de produtos de origem animal receberão um selo que identifica os estabelecimentos, ou indústrias de alimentos, incluídos no Sisbi-POA. A medida beneficia, principalmente, os pequenos e médios produtores.

O presidente da Faesc enfatiza que o sistema rompe barreiras que impedem a expansão da agricultura: quem tiver o certificado pode vender para todo o país.
A Cidasc tem 800 agroindústrias catarinenses cadastradas na Inspeção Estadual. A meta é que em dois anos, destes 800 estabelecimentos, 200 recebam o selo do Sisbi.