No evento de inauguração da unidade da Aurora em Joaçaba, setor voltou a defender medidas urgentes pela competitividade
A agroindústria catarinense não pode mais esperar. Precisa de medidas urgentes que garantam a sua competitividade, especialmente na questão da infraestrutura. A avaliação foi feita nesta terça-feira (15), pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, que participou da inauguração da unidade de suínos da Aurora, em Joaçaba.
Para ele, investimentos como o realizado pela cooperativa, mostram a garra do industrial catarinense, que não perde as esperanças e segue investindo, mesmo em condições adversas como as enfrentadas pela agroindústria do Oeste, que precisa trazer do Centro-Oeste do País os grãos necessários à atividade.
Côrte lembra que o setor possui vantagens competitivas únicas, como o melhor status sanitário do País, tecnologia de ponta e cultura produtiva no meio rural. Mas considera que é preciso criar um ambiente mais favorável à atividade produtiva. "Só a Aurora gera 22 mil postos de trabalho diretos em suas fábricas", exemplificou.
Com a reabertura da unidade de Joaçaba, que fora fechada em 2009, a capacidade de produção foi triplicada. O abate atual é de 1,5 mil suínos/dia e a previsão é elevar para 3 mil em setembro, quando o número de trabalhadores na unidade deverá chegar a 1.060 e os empregos indiretos a 3 mil. A planta está focada no mercado internacional.
Em seu pronunciamento, na solenidade de inauguração, o vice-presidente estratégico da Fiesc e presidente da Aurora, Mário Lanznaster, dirigiu-se ao ministro da Agricultura, Neri Geller, aos parlamentares e ao governador Raimundo Colombo, para pedir empenho na viabilização do transporte de milho e soja do Centro-Oeste brasileiro para o Oeste catarinense por meio de ferrovias. "Só a Aurora consome 106 carretas de milho por dia para as 30 milhões de aves e 930 mil suínos que estão no campo", disse. Ele ainda defendeu investimentos na BR-282, que liga o Oeste ao litoral, e agilidade nos licenciamentos ambientais pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
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