Cooperativa de crédito fechou 2015 com saldo positivo em Santa Catarina e projeta expansão em 2016

Na manhã desta quarta-feira (27) o Sicredi realizou uma coletiva de imprensa em Florianópolis para apresentar um balanço das ações de 2015 e as projeções para 2016. O diretor executivo da Central Sicredi Sul, Gerson Seefeld, apresentou os dados da cooperativa, que encerrou o ano que passou com saldo positivo, somando ativos totais administrados acima de R$ 1,6 bilhão. O valor representa um crescimento de 48,58% no comparativo com 2014. Em Santa Catarina está prevista para 2016 a abertura de 14 novas unidades de atendimento, um crescimento de 31,7% na poupança e de 12,17% no número de associados.

Seefeld explica que o foco está nos Fundos Garantidores, que são fiscalizados pelo Banco Central (Bacen), e que servem de garantia para o associado de que a instituição possui patrimônio para investir.

Números

As 15 cooperativas de Santa Catarina filiadas ao Sistema Sicredi, que somam 91 pontos de atendimento com cobertura em 73 municípios (25%), obtiveram aumento de 7,36% no número de associados Pessoa Física e 15,05% em Pessoa Jurídica somando mais de 150,1 mil associados.

Na carteira de poupança a evolução foi de 22,28%, apresentando mais R$ 125,1 milhões. Já nas operações de crédito totais o avanço foi de 16,11%, totalizando mais de R$ 1,1 bilhão.

Gerson Seefeld explica que o crédito para as micro e pequenas empresas é o que move o Sicredi atualmente, onde as taxas de inadimplência é muito baixa (0,19%). A cooperativa também tem planos para, em breve, começar a trabalhar com crédito imobiliário.

Futuro

Com a crise econômica Seefeld não esconde a preocupação, mas diz que a empresa não pode esperar o pior, precisa continuar investindo "Nosso olhar e nossa energia de atuação estão na nossa atividade. Temos sim um ponto de preocupação quanto ao crédito rural, pois sabemos que 2016, quanto a recursos subsidiados, deve ser apertado. Mas ainda é muito cedo para falar disso. Trabalhamos com o olhar voltado para as oportunidades, reconhecemos que será um ano difícil, que a atividade econômica está recessiva, mas se cruzarmos os braços agora estaremos seguindo a tendência. Sabemos que o que tem que ser feito é produzir, gerar renda, agregar valor. Olhamos para esse ano com positivismo, reconhecendo o momento econômico que espelha necessidade de cuidados, principalmente com o crédito, mas ao mesmo tempo vemos como um momento de oportunidades. As vezes é nesse momento, quando as instituições financeiras recolhem o seu crédito, é que as cooperativas continuam com o associado, financiando a atividade produtiva dele, cumprindo assim o seu papel".