Finep e BRDE apresentam fontes de recursos para projetos de inovação e investimento
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Financiamento à inovação é destaque em evento organizado por câmaras setoriais da Fiesc Financiamento à inovação é destaque em evento organizado por câmaras setoriais da FIESC. (Foto: Freepik) (Fotos: Freepik))
Entidades detalharam linhas de financiamento para indústrias catarinenses em reuniões de câmaras setoriais
O acesso ao financiamento de projetos de investimento e de inovação foi o foco das reuniões conjuntas de câmaras setoriais da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) nesta quarta-feira, 24.
Pela manhã, membros das Câmaras da Agroindústria e da Câmara de Alimentos e Bebidas conheceram as linhas disponíveis para ambos os setores, em apresentações da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). À tarde foi a vez dos membros das Câmaras de Desenvolvimento da Indústria de Máquinas e Equipamentos Elétricos, Metalmecânica e Tecnologia, Informação e Comunicação.
Marco Bruno Manzolillo, analista da Finep, destacou que a região Sul do Brasil concentrou 72% do crédito para projetos de inovação concedidos a pequenas, micro e médias empresas (MPME) no Brasil. Ricardo Faria, analista de projetos do BRDE, explicou que o banco é líder em repasses de recursos na Finep no Brasil, e que no ano passado, cerca de 40% dos recursos aportados na inovação foram para empresas de Santa Catarina.
Manzolillo explicou a diferença entre as operações de crédito direto (com a própria Finep) e descentralizadas (com instituições financeiras credenciadas pela Finep). Para as contratações diretamente com a Finep, a empresa interessada no financiamento precisa ter receita operacional bruta (ROB) superior a R$ 90 milhões e o valor a ser financiado tem de ser superior a R$ 15 milhões. A linha de fomento é a Finep Mais Inovação.
Nas operações indiretas, como as capitaneadas pelo BRDE, estão linhas como Finep Inovacred, Inovacred Expresso e Inovacred 4.0. O diferencial do crédito da Finep, segundo os analistas, é o indexador da taxa de juros, a TR. “Além de ser uma taxa muito baixa, a TR oscila muito pouco e é mais previsível que a Selic, por exemplo”, destacou Manzolillo. Segundo ele, isso dá mais segurança e estabilidade para o planejamento financeiro das empresas.
O gerente de planejamento do BRDE, Olavo Gavioli, apresentou linhas de crédito focadas nas necessidades da agroindústria e na indústria de alimentos e bebidas. Entre elas, linhas de financiamento do BNDES e também de fontes externas, como BID e Agência Francesa de Desenvolvimento, por exemplo. “O diferencial do BRDE é fazer uma análise ampla da necessidade da empresa e montamos um projeto customizado de captação, híbrido. Usamos as linhas de crédito mais adequadas para o objetivo do cliente”, destacou Gavioli.
Política Industrial
No período da tarde, a reunião conjunta contou ainda com a participação da secretária executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Verena Hitner Barros. Ela destacou os esforços que o CNDI está fazendo no sentido de criar ferramentas e metodologias para medir a efetividade da Nova Indústria Brasil (NIB). “Precisamos monitorar as ações estruturantes para cada uma das missões da política industrial e avaliar se estão efetivas para o desenvolvimento do país”, explicou.
Entre as demais iniciativas do conselho destacadas pela secretária executiva, estão a criação de grupos de trabalho para desenvolver soluções para problemas como a capacitação e a fixação de mão-de-obra nas empresas, além de analisar as cadeias e adensamentos produtivos, por exemplo.
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