-
Comércio popular do Rio tem movimentação intensa às vésperas do Natal (Fotos: Agência Brasil)
O melhor presente de Natal pode ser estar junto com a família e amigos, mas a lembrancinha continua entre as prioridades de quem vai celebrar a data. E, na tentativa de encontrar o presente ideal, a dois dias da festa, milhares de pessoas foram às compras nesta terça-feira (23) no comércio popular no centro do Rio de Janeiro.
Nas ruas da Saara, a Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências, há opções para todos os tipos de bolsos. De jóias e chaveiros, incluindo moda praia e decoração, a variedade é o que atraiu Heriton Lopes, de 58 anos de idade. Ele buscava presente para as filhas e netos. "Achei macacão, bermuda, camiseta, essas coisas", disse. Ele escolheu a Saara para tentar fazer o dinheiro das lembrancinhas render. "Aqui dá para comprar para todo mundo".
Considerado o maior shopping a céu aberto do Rio, com mais de 800 lojas, o comércio de rua também foi a escolha de Simone Reis Rodrigues, de 44 anos, e o filho, Benjamin, de 11, em busca do tão esperado presente: uma bola de futebol.
"A gente não acredita em Papai Noel, não", disse o menino, enquanto examinava as bolas em um cesto. Eles chegaram às 9h e às 12h ainda não tinham comprado a bola. "Papai Noel está mais magrinho, estamos pechinchando", revelou Simone, de 44 anos, que é auxiliar de crédito.
Já na casa da pequena Alice Lopes, de 3 anos, que acompanhava a mãe nas compras, o Papai Noel prometeu não desamparar. "Eu pedi [ao Papai Noel] bonecas da Elsa e Anna", contou. "Elas cantam Livre Estou [música infantil]", completou a menina. A mãe, Fabiana Lopes, disse que encontrou em uma loja de brinquedos, mas em um dia anterior a esta terça-feira. Para o restante da família, ela revelou que o Natal estava magro. "Este ano, presente, é só das crianças, declarou.
Quem também achou um último mimo na Saara antes das festas foi a jovem Graziele Soares, de 22 anos. Dando continuidade a uma tradição de família, a estudante de moda comprava calcinhas para si. "Eu peguei esse amarelo aqui, bem cheguei, porque achei que vai me dar mais sorte, até vi essa outras [mais pastel], mas não quis". Ela pretende usar no Ano Novo como ritual para atrair dinheiro, segundo a lenda.
Em outra esquina da Saara, na porta de uma loja de cosméticos, o Papai Noel Eduardo Cintra, de 40 anos, passa o dia atraindo clientes, anunciando promoções em uma caixa de som. Ele disse que o movimento era o esperado.
"Esse é o comportamento do brasileiro, né? Sempre deixando tudo para a última hora", brincou.
Com a loja movimentada, ele confirmou que as vendas estão aquecidas e desejou boas festas. "Papai Noel está bondoso, pessoal está enchendo a sacola, de cinco a dez pacotes de perfume!".
Deixe seu comentário