Setor cresce acima da média nacional, amplia empregos e transforma tendências globais em produtos de alto valor agregado

A indústria têxtil de Santa Catarina chega a 2026 em posição estratégica no cenário nacional, impulsionada por crescimento acima da média brasileira, forte geração de empregos e investimentos consistentes em inovação, sustentabilidade e automação. Em 2024, a fabricação de produtos têxteis no estado avançou 7,1%, enquanto a confecção de vestuário e acessórios cresceu 10,3%, superando as médias nacionais de 4,8% e 3,9%, respectivamente.

O desempenho positivo também se refletiu no mercado de trabalho. Somente a produção têxtil catarinense criou 2.707 novas vagas formais em 2024, reforçando o papel do setor como um dos principais motores industriais do país.

Sustentabilidade deixa de ser diferencial e se torna requisito

A partir de 2026, práticas sustentáveis passam a ser determinantes nas negociações B2B. Certificações ambientais, rastreabilidade da cadeia produtiva, uso de fibras recicladas e redução de resíduos tornam-se critérios centrais para grandes compradores.

Com tradição industrial consolidada, Santa Catarina já se destaca pela adoção de processos circulares, reaproveitamento de água e energia e pelo desenvolvimento de produtos de menor impacto ambiental, posicionando o estado à frente das novas exigências do mercado global.

“O mercado B2B está mais exigente, mais rápido e mais tecnológico. Quem não investir em inovação e sustentabilidade ficará para trás. Em Santa Catarina, vemos empresas se antecipando e transformando essas tendências em vantagem competitiva”, afirma Eduardo Habitzreuter, gerente de engenharia, inovação e qualidade da Diklatex.

Automação, dados e impressão digital elevam produtividade

A impressão têxtil digital vive uma fase de expansão acelerada, impulsionada pela automação, integração de dados e redução de desperdícios. O modelo permite lotes menores, personalização e maior previsibilidade produtiva, características cada vez mais valorizadas no ambiente B2B.

“A digitalização completa da cadeia produtiva, do desenvolvimento ao acabamento, é um caminho sem volta. Ela garante eficiência, previsibilidade e capacidade de resposta rápida ao mercado”, reforça o gestor.

Tendências WGSN orientam decisões estratégicas no B2B

As transformações observadas no parque industrial catarinense dialogam diretamente com as tendências globais mapeadas pela WGSN para 2026, que vêm impactando o desenvolvimento de produtos no mercado têxtil B2B brasileiro. Diferentemente de ciclos baseados apenas na criação, essas leituras orientam decisões industriais, comerciais e tecnológicas, reduzindo riscos e aumentando a assertividade dos lançamentos.

Segundo a WGSN, 2026 será marcado pela fusão entre o clássico e o contemporâneo, combinando sofisticação, minimalismo e modernidade com forte apelo comercial. A análise se baseia em milhares de looks processados pela ferramenta WGSN Fashion Vision, que identifica padrões de cores, peças-chave e mudanças estéticas ao longo do tempo.

Outro eixo central é o avanço do design multidimensional, que integra artesanato, tecnologia e sustentabilidade. Tecidos responsivos, pigmentos que interagem com a luz e superfícies narrativas e sensoriais reforçam a busca por materiais inteligentes e de alto valor agregado, capazes de sustentar margens melhores e relações B2B de longo prazo.

A macro tendência “Unserious Everything” também influencia o desenvolvimento de produtos ao apontar o desejo do consumidor por leveza, humor e escapismo sofisticado em um mundo marcado por estresse e incertezas. Essa leitura se traduz em cores vibrantes, detalhes lúdicos e design emocionalmente libertador, elementos que passam a orientar desde o design até o planejamento industrial.

Complementando esse movimento, a estética “Going for Gold” sinaliza o retorno do dourado em detalhes, acessórios e superfícies, simbolizando otimismo, estabilidade e desejo por brilho em tempos de transformação.

Diklatex traduz tendências globais em soluções industriais

Esse movimento de antecipação e aplicação prática das tendências globais se materializa em empresas como a Diklatex, de Joinville (SC), que se consolida como fonte e referência no desenvolvimento de tecidos tecnológicos no Brasil. A indústria registrou crescimento superior a 40% no primeiro semestre de 2025, impulsionado pela ampliação do portfólio de tecidos inteligentes e pelo aumento da demanda B2B por soluções de maior desempenho técnico e menor impacto ambiental.

Paralelamente ao crescimento, a empresa intensificou a adoção de tecnologias produtivas mais limpas, com processos que reduzem o consumo de água, energia e insumos químicos, além de investimentos em automação e eficiência industrial. Essa estratégia permite escalar a produção mantendo padrões elevados de qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade.

“O consumidor contemporâneo valoriza tecidos tecnológicos e de baixa manutenção. Considerando o intervalo natural de tempo entre a adoção dessas tendências no exterior e no mercado brasileiro, é possível afirmar que a Diklatex já se encontra em um nível de maturidade que antecipa as demandas futuras do setor”, afirma André Jativa, CEO da empresa.

O portfólio reflete diretamente as leituras da WGSN ao combinar estética, performance e funcionalidade. Artigos com alta elasticidade, proteção UV e propriedades antibacterianas atendem tanto a moda urbana quanto a esportiva, enquanto linhas de alfaiataria funcional unem leveza, controle térmico e sofisticação visual.

Na Diklatex, tecnologias como Truelife® Dry e Truelife® Defense geram vantagem competitiva no B2B quando a inovação é visível e sensorial. O tecido precisa expressar desempenho por meio das cores, das estruturas e do toque, alinhando engenharia avançada e estética contemporânea”, afirma Eduardo Habitzreuter.

Cadeias mais curtas fortalecem polos regionais

A busca global por cadeias de fornecimento mais curtas, resilientes e ágeis tem aproximado fornecedores e clientes, beneficiando polos industriais consolidados como o Vale do Itajaí, que reúne mão de obra qualificada, infraestrutura e tradição têxtil. Em 2024, o volume de vendas de tecidos, vestuário e calçados em Santa Catarina cresceu 5,1%, superando a média brasileira de 2,9%, evidenciando a força do consumo regional e a competitividade do setor.

Perspectivas para 2026

Com crescimento acima da média nacional, capacidade de inovação, adoção acelerada de tecnologias mais limpas e uma base industrial robusta, Santa Catarina está posicionada para liderar a evolução do mercado têxtil B2B em 2026. O próximo ciclo deve consolidar sustentabilidade, automação avançada, personalização em escala e design orientado por dados e comportamento como pilares estratégicos, ampliando o protagonismo catarinense no cenário nacional e internacional.

 

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