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O grupo de famílias que afirmam não ter condições de quitar as dívidas em atraso também está em nível elevado: 9,7% (Fotos: Divulgação)
Taxa de famílias com contas em atraso chegou a 32,9% em outubro, maior percentual desde o início da série histórica, em 2010, e muito acima da média histórica de 22%.
Quitar dívidas acumuladas e poupar ou investir o que for possível. Essas foram as duas principais respostas para a pesquisa da Fecomércio SC sobre a destinação do 13º salário entre os catarinenses em 2025. Dos 2.100 entrevistados em sete cidades, 35% responderam que usarão o benefício para saldar antigos compromissos financeiros. A segunda opção mais citada foi poupar ou investir, com 31%.
Também foram citadas: viagens e lazer (11,7%), compras de presentes de fim de ano (10,9%), aproveitar promoções durante a Black Friday e o Natal (7,3%) e reformar ou fazer pequenas melhorias na residência (4,3%).
Segundo o presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, os dados da pesquisa refletem o momento de alta inadimplência no estado. Levantamento recente da Federação apontou que a taxa de famílias com contas em atraso chegou a 32,9% em outubro, maior percentual desde o início da série histórica, em 2010, e muito acima da média histórica de 22%.
Cautela
“O catarinense está mais cauteloso. Os dados indicam que, quem puder, vai saldar suas dívidas. E a outra grande parte vai poupar ou investir essa renda extra de fim de ano. Dessa maneira, há um impacto no varejo, pois mostra que as pessoas não estão tão dispostas assim a consumir. Mais uma vez, precisamos ressaltar que a política de manter os juros altos por muito tempo está causando danos à economia”, afirma.
O grupo de famílias que afirmam não ter condições de quitar as dívidas em atraso também está em nível elevado: 9,7%. Paralelamente, a percepção de endividamento se agravou: a soma dos consumidores que se declaram muito ou mais ou menos endividados aumentou de 29,2% para 39,1%, enquanto a parcela dos pouco endividados recuou de 42,7% para 31,3%.
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