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Centro de inovação leva transição energética para dentro da indústria (Fotos: Agência Brasil)
O parque de inovação e tecnologia Senai Park, que será inaugurado nesta segunda-feira (20), na cidade de Ipojuca, região metropolitana do Recife, leva para dentro das indústrias um tema que une ganho de produtividade e preocupação ambiental: transição energética.
O novo centro de desenvolvimento de tecnologia é como se fosse um berçário formado por plantas-piloto, nas quais empresas industriais podem simular procedimentos, realizar testes e medir desempenho de produtos e técnicas.
O Senai Park nasce com dois projetos de desenvolvimento já contratados por mais de dez empresas, que somam R$ 100 milhões.
Em ano da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, no início de novembro, as duas iniciativas são relacionadas à descarbonização, isto é, estímulo à produção e consumo de energia limpa, não emissora de gases de efeito estufa, causador do aquecimento global.
Hidrogênio verde
Um dos projetos é produção e pesquisa de hidrogênio verde. No Senai Park há um eletrolisador, equipamento que permite chegar ao produto.
O hidrogênio é um gás que pode ser utilizado como combustível sem emitir gás carbônico (CO²), causador de efeito estufa. No entanto, apesar de ser o elemento mais comum na natureza, dificilmente é encontrado isoladamente. Geralmente está associado a outros elementos, como no caso da água (HO).
Um dos meios mais desenvolvidos para extração do hidrogênio é a eletrólise, quando se extrai a molécula presente na água. Para fazer a separação dos elementos químicos, é preciso usar energia. Quando essa energia é de origem limpa, como a hidrelétrica, é possível classificar o hidrogênio resultante como verde.
O diretor de Inovação e Tecnologia do Senai-PE, Oziel Alves, explica que o centro de inovação trabalhará com hidrogênio verde tanto na produção de combustível para mobilidade de veículos, quanto para desenvolver formas de armazenar o elemento em células combustíveis. O hidrogênio é considerado um vetor energético e pode ser transformado em energia elétrica.
Segundo o diretor, o eletrolisador tem capacidade de produzir 30 quilos de hidrogênio por dia, quantidade suficiente para abastecer quatro veículos fazendo percurso de ida e volta entre o Porto do Suape e Recife (cerca de 50 quilômetros).
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