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Governo do Estado inicia mapeamento da economia solidária em Santa Catarina (Fotos: SECOM)
Projeto visa levantar dados detalhados sobre empreendimentos solidários e embasar novas políticas públicas
O Governo de Santa Catarina iniciou um amplo projeto de mapeamento da economia solidária em todo o estado. A ação, conduzida pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (Sicos) em parceria com a Fundação Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), pretende reunir informações inéditas sobre o setor e criar uma base sólida para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao fortalecimento dessas iniciativas.
Levantamento busca diagnosticar a economia solidária em todo o estado
O projeto tem como principal objetivo identificar e caracterizar os empreendimentos de economia solidária existentes em cada município catarinense. A coleta de dados, que já começou, inclui informações sobre o número de iniciativas, áreas de atuação, volume de produção, quantidade de trabalhadores envolvidos e faturamento médio.
De acordo com a secretária do Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (Ceaes), Fabiana Ribeiro, a iniciativa representa um marco para o setor. “Esse mapeamento representa uma conquista para toda a rede de economia solidária, pois nos permitirá ter informações consistentes e estratégicas. A partir desse diagnóstico, poderemos avançar na criação de políticas públicas que deem ainda mais visibilidade, sustentabilidade e reconhecimento aos empreendimentos solidários do estado.”
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Mapeamento vai embasar banco de dados estadual
A metodologia adotada envolve questionários e o cadastramento dos empreendimentos, conduzidos por agentes que já atuam diretamente na área. Com isso, será possível montar um banco de dados unificado, que servirá como base para futuras ações e investimentos.
O sistema Cadsol/SC, plataforma já utilizada para registro de empreendimentos solidários, foi adaptado para atender às demandas da pesquisa. Além de facilitar a coleta de informações, ele permitirá a emissão de certificados oficiais de reconhecimento estadual para os grupos cadastrados.
Atualmente, 23 mapeadores estão em campo, distribuídos por municípios como Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Itajaí, Lages e Rio do Sul. Essa estrutura garante abrangência e representatividade regional ao levantamento.
Diagnóstico servirá de base para políticas públicas
Após a coleta e análise dos dados — prevista para ser concluída até março de 2026 —, a Unidavi publicará um relatório com diagnóstico detalhado da economia solidária em Santa Catarina. A instituição também planeja organizar um seminário para divulgar os resultados e discutir propostas de fortalecimento do setor com gestores públicos e empreendedores.
Segundo Erli Aparecida Camargo, agente de mapeamento da Serra Catarinense, o projeto é fundamental para o avanço do setor. “O mapeamento é indispensável porque toda política precisa de um diagnóstico consistente. É ele que mostra onde aplicar recursos e fundamentar projetos. Com esses dados, será possível planejar ações de fortalecimento, produção e comercialização, construindo um retrato fiel da economia solidária no estado”, afirmou.
Economia solidária e desenvolvimento sustentável
A economia solidária é formada por iniciativas coletivas, comunitárias e associativas baseadas na autogestão e na cooperação. Em Santa Catarina, o apoio governamental a esse segmento busca estimular a geração de renda, o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades sociais.
Com o mapeamento, o estado se coloca entre os pioneiros no país ao adotar políticas estruturadas para o setor, valorizando práticas econômicas sustentáveis, inclusivas e baseadas na cooperação.
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