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Os frigoríficos reduziram o ritmo de compra no mercado de suíno vivo, enquanto o atacado apresentou maior dificuldade de escoamento. (Fotos: Divulgação)
Mercado interno enfrenta retração após repasse difícil
O setor de suinocultura brasileiro registrou queda nos preços ao longo de setembro, após as fortes valorizações observadas em agosto. De acordo com Allan Maia, analista e consultor da Safras & Mercado, a escalada de preços no mês anterior dificultou os repasses ao consumidor final, tornando o mercado mais retraído.
Segundo Maia, os frigoríficos reduziram o ritmo de compra no mercado de suíno vivo, enquanto o atacado apresentou maior dificuldade de escoamento. Para outubro, a expectativa é de recuperação do consumo, favorecida pelo pagamento de salários e maior capitalização das famílias.
Exportações sustentam otimismo do setor
Apesar do cenário interno de pressão nos preços, as exportações brasileiras de carne suína registraram desempenho expressivo. Maia destacou que setembro pode fechar como o melhor mês da história para os embarques do setor.
Os números oficiais serão divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira (6).
Queda nos preços do suíno vivo e da carcaça
Levantamento da Safras & Mercado mostrou recuo nos preços em praticamente todas as regiões produtoras:
Centro-Sul: queda de 3,54%, de R$ 8,27 para R$ 7,97 por quilo.
Pernil no atacado: baixa de 4,83%, de R$ 14,19 para R$ 13,51.
Carcaça: desvalorização de 6,84%, de R$ 13,53 para R$ 12,61.
Na análise regional, os preços também recuaram:
São Paulo: arroba de R$ 177,00 para R$ 168,00.
Rio Grande do Sul: integração estável em R$ 6,75; interior de R$ 8,65 para R$ 8,45.
Santa Catarina: integração em R$ 6,70; interior de R$ 8,70 para R$ 8,45.
Paraná: mercado livre de R$ 8,80 para R$ 8,60; integração estável em R$ 6,90.
Mato Grosso do Sul: Campo Grande de R$ 8,45 para R$ 8,10; integração em R$ 6,70.
Goiás: de R$ 8,90 para R$ 8,10.
Minas Gerais: interior de R$ 9,20 para R$ 8,40; mercado independente de R$ 9,40 para R$ 8,60.
Mato Grosso: Rondonópolis de R$ 8,60 para R$ 8,20; integração estável em R$ 7,20.
Exportações de carne suína crescem mais de 24%
Em setembro, o Brasil exportou 127,3 mil toneladas de carne suína “in natura”, movimentando US$ 328,6 milhões em 20 dias úteis. A média diária ficou em 6,3 mil toneladas e US$ 16,4 milhões.
O preço médio foi de US$ 2.580,7 por tonelada, representando avanço de 28,2% no valor diário, crescimento de 24,2% no volume embarcado e alta de 3,3% no preço médio em comparação a setembro de 2024.
Fonte: Portal do Agronegócio
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