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O ato foi realizado no Porto de São Francisco do Sul, com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins e autoridades locais. (Fotos: Leo Munhoz / SECOM)
O projeto inovador inclui a primeira PPP entre portos brasileiros e o uso de sedimentos para engordamento da praia de Itapoá. Saiba mais sobre os impactos no Porto de São Francisco do Sul.
O governador Jorginho Mello assinou nesta terça-feira, 23, a ordem de serviço para o início da maior obra de dragagem do Brasil, na Baía da Babitonga, com foco no Porto de São Francisco do Sul. A iniciativa, com investimento de R$324 milhões, visa aumentar o calado (profundidade) de 14 para 16 metros e ampliar a largura do canal de acesso, possibilitando a atracação de navios de maior porte.
"O impacto na economia será extraordinário", afirmou o governador Jorginho Mello. "Com o aprofundamento do calado e o aumento da largura do canal de acesso, passaremos a competir em igualdade com o Porto de Santos. A estrutura permitirá a atracação de grandes navios, com capacidade para transportar um volume muito maior de contêineres. Isso representa ganhos para todos: para os transportadores, para os vendedores, para a cidade e, principalmente, na geração de empregos. Ou seja, Santa Catarina ganha muito".
A obra, que deve começar até o final do ano, será executada pela empresa belga Jan De Nul, com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2026. A draga Galileo Galilei, a mesma utilizada no engordamento da praia de Balneário Camboriú, será empregada na dragagem.
A obra se destaca por três características inéditas: a primeira PPP entre portos brasileiros, o maior engordamento de orla do país e o uso de sedimentos para a praia. A parceria público-privada envolve o Porto de São Francisco do Sul (público), que aportará R$ 24 milhões, e o terminal privado Itapoá, com R$ 300 milhões. O investimento privado será devolvido em parcelas até dezembro de 2037, através de uma taxa sobre o aumento de navios e cargas.
Outro ponto de destaque é o uso dos sedimentos da dragagem para o engordamento da praia de Itapoá, em uma extensão de 8 quilômetros. Essa será a primeira vez no Brasil, e a segunda no mundo, que os sedimentos de uma dragagem portuária terão esse destino.
O secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, enfatizou a alinhamento com o futuro da navegação: "As companhias marítimas estão atualizando suas frotas com navios de maior porte e, para isso, precisarão de portos equipados com a tecnologia que está sendo instalada no Complexo Portuário da Babitonga. Essa obra representa um avanço significativo e deixa Santa Catarina alinhada com o futuro da navegação".
A obra de dragagem possibilitará a atracação de embarcações de até 366 metros de comprimento, tornando-se o primeiro complexo portuário do Brasil com capacidade para receber navios desse porte, com carga máxima. Atualmente, o Complexo Portuário da Babitonga movimenta mais de 60% da movimentação portuária de Santa Catarina em toneladas.
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