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Governo lança pacote de até R$ 12 bi para agricultores quitarem dívidas, com juros subsidiados e prazos estendidos (Fotos: Foto: wirestock)
Programa oferece novos financiamentos para produtores afetados por crises climáticas, com juros subsidiados e prazos estendidos
Economia - O governo federal anunciou nesta sexta-feira (5) um pacote de auxílio financeiro voltado a agricultores endividados, com valor estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. A medida prevê a concessão de novos financiamentos destinados à quitação de dívidas antigas, em um esforço para aliviar a situação de produtores rurais impactados por crises climáticas recentes, como secas prolongadas e a enchente histórica registrada no Rio Grande do Sul em 2024.
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A iniciativa será oficializada por meio de Medida Provisória, a ser assinada ainda hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O lançamento ocorre durante a abertura da Expointer, feira agropecuária realizada em Esteio (RS), com a presença dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
Critérios para acesso
De acordo com o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), os produtores que quiserem acessar o programa precisam atender a alguns critérios:
A área de produção deve ter registrado pelo menos duas situações de emergência nos últimos cinco anos;
O agricultor deve ter enfrentado perdas superiores a 30% da safra.
Os empréstimos contarão com juros subsidiados e diferenciados conforme o porte do produtor:
6% ao ano para agricultores familiares (linha Pronaf);
8% ao ano para médios produtores (Pronampe);
10% ao ano para grandes produtores.
Além disso, haverá um período de carência de até dois anos e prazo de até oito anos para pagamento.
Impactos esperados
O Rio Grande do Sul, que sofreu três anos consecutivos de seca e depois a enchente de 2024, será um dos principais beneficiados. No entanto, o pacote se estende a todo o território nacional.
A medida também deve aliviar a carteira de crédito rural do Banco do Brasil, instituição que registrou aumento da inadimplência no setor agropecuário no segundo trimestre de 2025. Executivos do banco já haviam sinalizado que os resultados do terceiro trimestre seriam pressionados pelos atrasos de pagamento.
Reunião no Planalto
A definição do pacote ocorreu na quinta-feira (4), em reunião no Palácio da Alvorada com participação do presidente Lula, do ministro da Fazenda Fernando Haddad, do ministro da Casa Civil Rui Costa, além de Fávaro, Teixeira e da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
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