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Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,85% (Fotos: Agência Brasil)
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.
O mercado financeiro, através do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 01/01, trouxe boas notícias para os brasileiros: a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, continua em queda, marcando a 14ª redução consecutiva. As expectativas também sinalizam uma queda gradual da taxa Selic, com projeção de 10% ao ano em 2028.
Inflação em Queda
O Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), reduziu a estimativa para o IPCA de 4,86% para 4,85% este ano. Essa é a décima quarta queda consecutiva na estimativa.
Para 2026, a projeção também foi revisada, de 4,33% para 4,31%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,94% e 3,8%, respectivamente.
Inflação Acima da Meta
Apesar da queda, a estimativa para este ano ainda está acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (teto de 4,5%).
IPCA Recente
Em julho, o IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,26%, influenciado pela alta da conta de energia. No acumulado em 12 meses, o IPCA alcançou 5,23%, superando o teto da meta.
Juros e Selic
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A interrupção do ciclo de alta da Selic na última reunião, em julho, foi motivada pela queda da inflação e o início da desaceleração da economia.
Projeções para a Selic
A expectativa dos analistas é que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a projeção é de queda para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é de redução para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Impacto da Selic
Altas na Selic visam conter a demanda e, consequentemente, a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Reduções na Selic, por outro lado, barateiam o crédito, estimulando a produção e o consumo.
PIB e Câmbio
A estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2025, também presente no Boletim Focus, passou de 2,18% para 2,19%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,87%. Para 2027 e 2028, a estimativa de crescimento do PIB é de 1,89% e 2%, respectivamente.
A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, o que representa o quarto ano seguido de crescimento.
A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,56 para o fim deste ano e R$ 5,62 para o fim de 2026.
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