Especialistas recomendam compra gradual e uso de cartões internacionais

Apesar das tensões diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o dólar segue em um patamar mais baixo do que o registrado no fim de 2024, quando a moeda americana superou os R$ 6,00. Atualmente, a cotação está em torno de R$ 5,48, cenário que anima quem já pensa em viajar ao exterior nas férias do fim de 2025.

Comprar dólar aos poucos é a melhor estratégia

Especialistas em finanças pessoais destacam que a compra da moeda deve ser feita de maneira gradual, diluindo o custo ao longo dos meses. A recomendação é adquirir entre 30% e 50% do valor estimado para a viagem agora e continuar comprando mensalmente até a data da viagem.

Segundo Rafael Gonçalves, consultor financeiro da W1 Consultoria, a prática ajuda no planejamento do fluxo de caixa e evita que o viajante fique refém de grandes variações cambiais em um único momento.

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Expectativa sobre decisão do Federal Reserve

Outro ponto de atenção é a reunião do Federal Reserve, marcada para 16 e 17 de setembro. Caso o banco central americano reduza os juros, há chances de o dólar permanecer em um patamar mais baixo por mais tempo. Por isso, a recomendação é começar a comprar parte da moeda agora, mas não todo o valor necessário de uma vez.

Formas seguras de levar dinheiro na viagem

Na hora de escolher como gastar no exterior, os cartões internacionais têm se mostrado a opção mais eficiente. Plataformas como Wise, Nomad e corretoras como XP e Avenue oferecem cartões pré-pagos e digitais que travam a cotação no momento da carga, dando mais previsibilidade ao orçamento.

Além disso, cartões de débito e crédito internacionais oferecem proteção contra perdas, bloqueio remoto e ampla aceitação em redes como Visa e Mastercard.

Já o uso do cartão de crédito tradicional, especialmente o mesmo utilizado no Brasil, não é recomendado, devido às taxas de IOF mais altas e ao spread bancário.

Dinheiro em espécie: apenas para emergências

Levar grandes quantias em espécie não é mais considerado seguro ou vantajoso. Os especialistas alertam para riscos de roubo e extravio, além de taxas elevadas em casas de câmbio que podem chegar a 10%.

Ainda assim, vale carregar uma quantia reduzida, entre US$ 500 e US$ 1.000, destinada apenas a emergências ou situações em que o cartão não seja aceito.