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18/06/2025 13:03
Infraestrutura

Situação do lote 1 da BR-280 é crítica e prejudica operações de portos da Baía da Babitonga, aponta análise da FIESC

Por Rita Lombardi

 Publicado 18/06/2025 12:55  – Atualizado 18/06/2025 13:03

Ricardo Saporiti destaca viadutos, passagens de nível e túnel em andamento nos trechos 2.1 e 2.2 da duplicação.
  • Ricardo Saporiti destaca viadutos, passagens de nível e túnel em andamento nos trechos 2.1 e 2.2 da duplicação. (Fotos: Filipe Scotti)

Obras do Lote 1 não têm previsão de entrega, aponta análise expedita encomendada pela FIESC; lotes 2.1 e 2.2 estão mais avançados

Os impactos negativos do atraso na duplicação da BR-280, principal acesso ao complexo portuário da Baía da Babitonga, não têm prazo para encerrar. Acidentes, filas, atrasos e emissões de gases poluentes devem continuar prejudicando os usuários da rodovia, especialmente no trecho entre a intercessão com a BR-101 e o Porto de São Francisco do Sul. Essa é a conclusão da análise expedita realizada pelo engenheiro Ricardo Saporiti a pedido da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Paralisadas desde 2022 com 74% de obras remanescentes, os trabalhos de duplicação do Lote 1 enfrentam um novo desafio: o projeto executivo foi considerado desatualizado e será necessário incluir uma ponte sobre o Canal do Linguado, segundo o DNIT. Diante da necessidade desse novo projeto, o prazo para a conclusão da obra no trecho está indefinido. Outro problema identificado no segmento pela análise é a multiplicação de acessos à rodovia nos trechos urbanos, em especial em Araquari, segundo Saporiti.

A despeito das obras de manutenção que estão sendo executadas, a realidade do trecho é crítica, já que os trabalhos em si prejudicam o fluxo, paralisando o tráfego e gerando filas, aponta o estudo da FIESC. “O DNIT vem fazendo obras de melhoria do traçado, além de manutenção e conservação, com microrrevestimento asfáltico”, salienta.

O superintendente do DNIT em SC, Alysson Rodrigo de Andrade, afirmou na reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC realizada nesta terça-feira, 17, que no restante de 2025 o DNIT não fará mais obras de manutenção no Lote 1 da rodovia. Ele destacou ainda que recentemente conseguiu rescindir o contrato com a empresa responsável pelas obras do Lote 1, o que pode contribuir para agilizar a retomada dos trabalhos. Andrade informou ainda que o novo projeto de engenharia está sendo priorizado.

Outros trechos
Na avaliação de Saporiti, os Lotes 2.1 e 2.2 da duplicação estão em andamento, com várias obras de arte especiais e duplicação de faixas concluídas.

No Lote 2.1, a análise identificou que as obras remanescentes atingem 18% e o prazo estimado para a conclusão é dezembro de 2026. Entre os destaques do trecho estão a ponte sobre o Rio Piraí e a intercessão no Terminal da Transpetro, que estão em execução.

Já no lote 2.2, destacam-se o início da pavimentação interna do túnel engenheiro Antonio Carlos Bessa, além de obras de viadutos e passagens de nível em andamento, bem como terraplenagens. Esse trecho é o de maior custo, tendo sido investido quase R$ 690 milhões, com estimativa de um desembolso adicional de mais R$ 300 milhões para as obras remanescentes (31,2%). A previsão de entrega é dezembro de 2027.

Complexo portuário da Baía da Babitonga
O diretor-presidente do porto de São Francisco do Sul, Cleverton Elias Vieira, destacou a relevância do complexo de terminais portuários para o estado, já que a Baía da Babitonga é o principal polo receptor e emissor de cargas de SC, sendo responsável por 60% do volume.

Vieira também destacou o significativo volume de investimentos privados em operações na região realizados e previstos. Entre eles, listou a entrada em operação do terminal de gás em 2024, os aportes do Porto Itapoá para expansão e os investimentos em dois terminais de cargas a granel.

“Nos últimos anos tivemos quase R$ 2 bilhões em investimentos privados. Nosso maior desafio é alinhar esses investimentos com a necessidade de melhorias nos acessos rodoviários e ferroviários”, destacou. “Precisamos garantir investimentos em todos os modais de transportes, já que eles são interdependentes.”

O diretor do porto informou ainda que está em andamento o processo de aprovação de recursos para a quarta faixa da rodovia, próxima à entrada do terminal, para minimizar filas e também a execução de melhorias na avenida Leite Ribeiro. O projeto executivo está pronto e a expectativa é lançar o edital ainda em 2025.

  • Obras do Lote 1 não têm previsão de entrega, aponta análise expedita encomendada pela FIESC; lotes 2.1 e 2.2 estão mais avançados Ricardo Saporiti destaca viadutos, passagens de nível e túnel em andamento nos trechos 2.1 e 2.2 da duplicação. (Foto: Filipe Scotti) Ricardo Saporiti destaca viadutos, passagens de nível e túnel em andamento nos trechos 2.1 e 2.2 da duplicação. (Foto: Filipe Scotti) Florianópolis, 17.06.25 - Os impactos negativos do atraso na duplicação da BR-280, principal acesso ao complexo portuário da Baía da Babitonga, não têm prazo para encerrar. Acidentes, filas, atrasos e emissões de gases poluentes devem continuar prejudicando os usuários da rodovia, especialmente no trecho entre a intercessão com a BR-101 e o Porto de São Francisco do Sul. Essa é a conclusão da análise expedita realizada pelo engenheiro Ricardo Saporiti a pedido da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Paralisadas desde 2022 com 74% de obras remanescentes, os trabalhos de duplicação do Lote 1 enfrentam um novo desafio: o projeto executivo foi considerado desatualizado e será necessário incluir uma ponte sobre o Canal do Linguado, segundo o DNIT. Diante da necessidade desse novo projeto, o prazo para a conclusão da obra no trecho está indefinido. Outro problema identificado no segmento pela análise é a multiplicação de acessos à rodovia nos trechos urbanos, em especial em Araquari, segundo Saporiti. A despeito das obras de manutenção que estão sendo executadas, a realidade do trecho é crítica, já que os trabalhos em si prejudicam o fluxo, paralisando o tráfego e gerando filas, aponta o estudo da FIESC. "O DNIT vem fazendo obras de melhoria do traçado, além de manutenção e conservação, com microrrevestimento asfáltico", salienta. O superintendente do DNIT em SC, Alysson Rodrigo de Andrade, afirmou na reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC realizada nesta terça-feira, 17, que no restante de 2025 o DNIT não fará mais obras de manutenção no Lote 1 da rodovia. Ele destacou ainda que recentemente conseguiu rescindir o contrato com a empresa responsável pelas obras do Lote 1, o que pode contribuir para agilizar a retomada dos trabalhos. Andrade informou ainda que o novo projeto de engenharia está sendo priorizado. Outros trechos Na avaliação de Saporiti, os Lotes 2.1 e 2.2 da duplicação estão em andamento, com várias obras de arte especiais e duplicação de faixas concluídas. No Lote 2.1, a análise identificou que as obras remanescentes atingem 18% e o prazo estimado para a conclusão é dezembro de 2026. Entre os destaques do trecho estão a ponte sobre o Rio Piraí e a intercessão no Terminal da Transpetro, que estão em execução. Já no lote 2.2, destacam-se o início da pavimentação interna do túnel engenheiro Antonio Carlos Bessa, além de obras de viadutos e passagens de nível em andamento, bem como terraplenagens. Esse trecho é o de maior custo, tendo sido investido quase R$ 690 milhões, com estimativa de um desembolso adicional de mais R$ 300 milhões para as obras remanescentes (31,2%). A previsão de entrega é dezembro de 2027. Executivo do Porto de São Francisco do Sul destaca parceria entre setores público e privado para obra de aprofundamento do canal de acesso (Filipe Scotti)

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