SC tem segundo melhor resultado do país, atrás apenas do Paraná e bem acima da média nacional de 3,7% no período

A economia de Santa Catarina cresceu 7,6% de janeiro a março de 2025 em comparação com igual período do ano passado, de acordo com o indicador de desempenho econômico medido pelo Banco Central. O IBCR do primeiro trimestre superou a média nacional do primeiro trimestre, que foi de 3,7%. O indicador, considerado uma prévia do PIB, subiu 8,1% em março em relação ao mesmo período de 2024, também acima da média nacional, que foi de 3,5% no período.

Dados compilados pelo Observatório FIESC mostram que, no acumulado dos três primeiros meses do ano, o desempenho da atividade econômica catarinense foi puxado pelos resultados da indústria. A produção industrial no primeiro trimestre cresceu 8,5%, enquanto o comércio ampliado avançou 6,4% e os serviços tiveram incremento de 4,8% de janeiro a março. A atividade econômica de SC foi a segunda que mais cresceu no período dentre os estados pesquisados pelo Banco Central, ficando atrás apenas do Paraná, que apresentou alta de 8,5%.

Na indústria, o avanço teve como destaques a fabricação de produtos de metal, impulsionado pela demanda da construção civil e pelo agronegócio. O setor de máquinas e equipamentos também contribuiu para o bom desempenho da atividade industrial catarinense, beneficiado por demandas de outras indústrias e pelo bom desempenho nas exportações, explica a economista Camila Morais, do Observatório FIESC.

Consumo em alta
Na esteira do elevado nível de consumo das famílias, no comércio ampliado, as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico impulsionaram o resultado, com crescimento de 17,2%. A comercialização de produtos têxteis e de vestuário também contribuíram, com alta de 9,9%, bem como as vendas de material de construção, que subiram 9,7% no primeiro trimestre.

No setor de serviços, também favorecido pelo consumo familiar, o segmento de serviços prestados às famílias avançou 13,3%, enquanto as atividades turísticas cresceram 11,3%.

De acordo com Camila, esse resultado está diretamente relacionado à manutenção de uma demanda doméstica aquecida, sustentada pelo crescimento do rendimento médio real do trabalho, que segue em trajetória positiva na comparação com o mesmo período do ano passado.

“A continuidade de um mercado de trabalho aquecido tem ampliado o poder de compra da população, estimulando o consumo e contribuindo para o crescimento econômico de Santa Catarina”, explica.