O crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2024 foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho da agropecuária, que apresentou um notável crescimento de 12,2%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o trimestre anterior, alcançando um novo patamar recorde. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho positivo consolida uma sequência de 14 trimestres consecutivos de crescimento, iniciada no quarto trimestre de 2021.

Setores em Destaque

O crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2024 foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho da agropecuária, que apresentou um notável crescimento de 12,2%. Rebeca Palis, pesquisadora do IBGE, explica que o cenário favorável se deve a fatores climáticos positivos e ao aumento das colheitas, com destaque para a soja, principal lavoura do país, e o milho. Outras culturas como fumo e arroz também tiveram safras expressivas no primeiro semestre.

Os serviços, que representam 70% da economia brasileira, também demonstraram um desempenho positivo, com crescimento de 0,3% no trimestre, impulsionado pelas atividades de informação e comunicação (3%).

Desempenho Setorial

Agropecuária: Crescimento de 12,2%
Serviços: Crescimento de 0,3%
Indústria: Queda de -0,1% (impactada pela construção civil e indústria de transformação)

Desafios e Perspectivas

A indústria, embora tenha apresentado um leve declínio (-0,1%), ainda se encontra abaixo dos níveis recordes atingidos em 2013. Rebeca Palis ressalta que “a indústria é a única das grandes três atividades econômicas que ainda está no patamar abaixo do pico”.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou crescimento de 1%, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho e os programas de transferência de renda do governo. Contudo, a inflação persistente e a política monetária restritiva (Selic) ainda representam desafios.

Outros componentes da demanda, como a formação bruta de capital fixo (investimentos) (3,1%), as exportações (2,9%) e o consumo do governo (0,1%) também registraram altas no primeiro trimestre.

Impacto da Selic

A alta taxa básica de juros (Selic) tem impactado negativamente alguns setores, como a indústria.


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