
Facisc critica concessão de novos benefícios aos servidores do Senado

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Elson Otto, presidente da FACISC (Fotos: Divulgação)
Nota assinada pelo presidente Elson Otto reafirma a urgência de uma reforma administrativa que modernize o setor público, eliminando privilégios e garantindo maior eficiência na gestão dos recursos
Em Nota assinada pelo presidente Elson Otto, a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) manifesta sua total discordância em relação à recente decisão do presidente do Senado de conceder novos benefícios aos servidores deste poder. "Essa medida, tomada sem qualquer debate público, contraria o cenário econômico atual do país, marcado por aumento de impostos, insegurança jurídica e desafios estruturais que afetam diretamente o setor produtivo".
Para a Federação empresarial, a assinatura do Ato nº 9/2025, em um momento estratégico, às vésperas do Carnaval demonstra falta de transparência e desconexão com a realidade da maioria dos brasileiros. "A criação de um privilégio que permite a determinados servidores uma escala de quatro dias de trabalho para três de folga, inclusive com possibilidade de venda desses dias, ignora completamente a necessidade de eficiência e responsabilidade no uso dos recursos públicos".
A Nota diz, ainda. que o setor produtivo catarinense recebe essa decisão com indignação uma vez que empreendedores, pequenos empresários, trabalhadores autônomos e comerciantes enfrentam longas
jornadas diárias para gerar empregos, sustentar suas famílias e contribuir para o desenvolvimento econômico do país, enquanto o setor público segue acumulando privilégios, sem contrapartidas de produtividade ou meritocracia.
O manifesto da Facisc destaca que "diante de um cenário de alta carga tributária, infraestrutura precária e e baixa competitividade internacional, medidas como essa apenas ampliam o distanciamento entre os que produzem riqueza e os que deveriam zelar pelo bom uso do dinheiro público. Além disso, iniciativas populistas, como a redução obrigatória da jornada de trabalho, preocupam ainda mais o setor empresarial, que já lida com inúmeras dificuldades para manter sua competitividade".
A FACISC finaliza a Nota reafirmando "a urgência de uma reforma administrativa que modernize o setor
público, eliminando privilégios e garantindo maior eficiência na gestão dos recursos. É inaceitável que, em um momento de tantos desafios, a resposta do Senado seja o aumento de benefícios para um grupo seleto, sem qualquer preocupação com o impacto disso para a sociedade"
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