IBC-Br: Economia segue resiliente mas inflação preocupa
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O IBC-BR de novembro surpreendeu positivamente, registrando uma alta de 0,10% (Fotos: Divulgação)
"É pouquíssimo provável que tenhamos uma repetição do crescimento de 2024 neste ano devido à política monetária contracionista e seus impactos na economia como um todo", diz Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital
"IBC - BR, o indicador de prévia do PIB relacionado ao mês de novembro de 2024 vem em alta 0,10%, em linha com o dado anterior também de 0,10% e acima da expectativa do mercado que esperava 0%. Um dado que veio acima do esperado, mas que não preocupa isoladamente para uma inflação mais alta. Lembramos que a produção industrial, vendas no varejo, e assim como o setor de serviços mostraram desaceleração nos últimos dados divulgados agora em janeiro também em relação ao mês de novembro. Ou seja, período aponta um cenário moderado, sem grandes pressões inflacionárias adicionais", Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
"O desempenho acima do esperado pelo mercado, que antecipava uma queda no índice, suporta o ritmo econômico robusto que foi observado ao longo de 2024. Contudo, o aumento das taxas de juros no final de 2024 e a expectativa de novos aumentos em 2025, devem colocar pressões significativas no índice e é pouquíssimo provável que tenhamos uma repetição do crescimento de 2024 neste ano devido à política monetária contracionista e seus impactos na economia como um todo", Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.
"O resultado do IBC-Br acima das expectativas reforça a capacidade da economia brasileira de manter-se estável mesmo diante de incertezas. Para investidores, este cenário demanda um olhar criterioso para identificar empresas com maior capacidade de adaptação e crescimento sustentável em um ambiente econômico mais moderado," João Kepler, CEO da Equity Fund Group.
"O IBC-BR de novembro surpreendeu positivamente, registrando uma alta de 0,10% e superando as expectativas do mercado, que esperava um desempenho mais modesto ou estável. Esse crescimento, em comparação ao mês anterior, reflete um leve aquecimento em setores como serviços e comércio, demonstrando resiliência da atividade econômica, mesmo em um cenário de juros elevados. No entanto, o dado também sinaliza um desafio: a necessidade de equilibrar o estímulo à economia com o controle inflacionário. Com a próxima reunião do COPOM no radar, o resultado pode reforçar a percepção de que o Banco Central terá cautela em flexibilizar a política monetária, mantendo o foco no combate à inflação e na sustentabilidade do crescimento econômico", Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
"Embora o resultado tenha superado as expectativas do mercado, ele reflete mais uma leve recuperação do que uma tendência sólida de expansão. Para as empresas brasileiras, isso representa um ambiente que exige prudência e estratégias bem fundamentadas para enfrentar as incertezas. A economia mostra resiliência, mas o crescimento sustentável depende de um equilíbrio delicado entre estímulos econômicos e o controle da inflação, algo que o Banco Central precisará calibrar cuidadosamente", André Matos, CEO da MA7 Negócios.
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