Economia brasileira cresce mas inflação continua no radar, avaliam especialistas
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Economia (Fotos: Divulgação)
"As preocupações com a elevação da Selic se mostram cada vez mais coerentes, já que observamos uma economia muito forte, e a ascensão de pressões inflacionárias", diz José Alfaix, Economista Da Rio Bravo.
Confira a opinião de economistas sobre o cenário econômico brasileiro
"O PIB surpreendeu as expectativas no segundo trimestre, e apresentou crescimento de 1,4%, bem superior às projeções de 0,9%. O crescimento teve como base um bom desempenho de serviços e da indústria, que cresceram respectivamente 1% e 1,8%, e foram mais que suficientes pars compensar o mau desempenho da agropecuária, que teve queda de -2,3%. Ao mesmo tempo, os investimentos cresceram 2,1% e continuam a surpreender em 2024. A economia brasileira tem mostrado excelente desempenho no ano, com inflação ainda controlada, mercado de trabalho aquecido, e a atividade econômica que continua superando as projeções.
Contudo, é nítido que expansionismo fiscal esta sobrepondo o contracionismo monetário, ao passo que a economia cresce mesmo com um juros de 10,50%. As preocupações com a elevação da Selic se mostram cada vez mais coerentes, já que observamos uma economia muito forte, e a ascensão de pressões inflacionárias.", José Alfaix, Economista Da Rio Bravo.
"Os dados divulgados do PIB indicam uma economia brasileira em crescimento sólido, superando as expectativas do mercado. O desempenho robusto da indústria e do setor de serviços foi o principal motor desse crescimento, enquanto a agropecuária acabou recuando. À princípio, esse cenário acaba impactando positivamente o mercado financeiro, fortalecendo a confiança dos investidores. Contudo, é essencial monitorar os riscos, como possíveis pressões inflacionárias, que vão exigir ajustes na política monetária por parte do Banco Central do Brasil, em um momento que o contexto inflacionário segue preocupando.", Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos
"O PIB do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas do mercado e confirmando a recuperação econômica do país. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de Indústria e Serviços, que avançaram 1,8% e 1,0%, respectivamente, enquanto a Agropecuária registrou uma queda de 2,3% devido a condições climáticas adversas. A expansão do PIB reflete a retomada da confiança dos consumidores e empresas, estimulada por condições favoráveis de crédito, melhora no mercado de trabalho e queda nos juros.
Contudo, a economia brasileira ainda enfrenta desafios, como a pressão inflacionária e o ambiente externo incerto, especialmente com a possibilidade de uma recessão nos EUA. O impacto no mercado financeiro é positivo no curto prazo, com expectativa de continuidade no crescimento econômico, o que pode impulsionar o Ibovespa. No entanto, a alta inflação e as incertezas fiscais internas mantêm os investidores atentos à política monetária, que poderá sofrer ajustes caso o cenário externo se deteriore ou a inflação continue a pressionar.", André Colares, CEO da Smart House Investments
"O crescimento de 3,3% da economia brasileira no segundo trimestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado, superou as expectativas do mercado, que projetavam um avanço de 2,7%. Este resultado positivo demonstra a resiliência do mercado brasileiro e marca a 14ª alta consecutiva do PIB, refletindo uma recuperação contínua e sustentável.", Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest
" Os dados do PIB do segundo trimestre de 2024, que mostram um crescimento de 1,4%, indicam uma recuperação contínua e robusta da economia brasileira. Esse crescimento foi liderado principalmente pelo setor de serviços, que subiu 1,1%, refletindo uma demanda mais forte por turismo, alimentação e outros serviços, o que é um sinal positivo de que o consumo interno está se fortalecendo. A indústria, com um aumento de 0,9%, também teve um papel importante, impulsionada pela recuperação na construção e na transformação. No entanto, a agropecuária teve uma leve contração de 0,3%, indicando ajustes sazonais em algumas culturas.
Para o mercado, esses resultados fortalecem a confiança na economia brasileira, podendo atrair mais investimentos, especialmente nos setores de serviços e indústria. Este cenário positivo também pode influenciar o Banco Central a manter uma postura mais cautelosa em relação a novos cortes na taxa Selic, considerando a necessidade de equilibrar o crescimento econômico com o controle da inflação. A continuidade desse desempenho poderá consolidar a recuperação econômica e reforçar a atratividade do Brasil como destino de investimentos, beneficiando tanto investidores locais quanto internacionais.", Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike
"Os dados recentes do PIB do Brasil, que mostram um crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024, são um indicativo positivo para a economia do país. Esse aumento supera as expectativas do mercado e sugere uma recuperação econômica mais robusta, impulsionada principalmente pelos setores de serviços e indústria. O crescimento do consumo das famílias e dos investimentos também reforça essa tendência, sinalizando um fortalecimento da demanda interna. No entanto, a queda no setor agropecuário destaca a necessidade de diversificação e resiliência econômica.
Para o mercado financeiro, esses dados podem influenciar as expectativas em relação à política monetária e fiscal. Com um cenário de crescimento econômico mais forte, o Banco Central pode enfrentar pressões para ajustar a taxa Selic, a fim de conter possíveis pressões inflacionárias decorrentes do aumento do consumo. Além disso, a revisão das projeções de crescimento para o ano pode impactar as estratégias de investimento, atraindo mais capital para setores em expansão. A atenção continuará voltada para a sustentabilidade desse crescimento, especialmente diante das incertezas fiscais e do cenário global.", Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações.
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