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João Paulo Kleinübing, diretor financeiro do BRDE - Crédito Jornalismo Adjori/SC (Fotos: Jornalismo Adjori/SC)
Diretor financeiro João Paulo Kleinübing detalha resultados do primeiro semestre e destaca programas de crédito voltados a micro e pequenas empresas e à infraestrutura rural em Santa Catarina
O BRDE encerrou o primeiro semestre de 2025 com resultado positivo de aproximadamente R$350 milhões em Santa Catarina, com forte atuação no agronegócio, na indústria e, especialmente, no crédito para micro e pequenas empresas. A informação foi apresentada pelo diretor financeiro do banco no estado, João Paulo Kleinübing, em entrevista exclusiva à Rede Catarinense de Notícias.
“Mais do que esse número em si, é o impacto que a gente causa hoje na sociedade. Temos uma participação muito grande no financiamento do agronegócio aqui de Santa Catarina, financiando também a indústria”
Segundo Kleinübing, o destaque do semestre foi o PRONAMPE BRDE-SC, programa lançado em parceria com o Governo do Estado para facilitar o acesso ao crédito por pequenos empreendedores. A iniciativa funciona por meio de cooperativas como Sicoob, Sicredi, Ailos e Cresol, com juros reduzidos e parte subsidiada pelo Estado.
“O teto de juros é a Selic, o que torna essa linha uma das mais acessíveis hoje. A operação tem seis meses de carência e prazo total de dois anos e meio para pagamento”, explicou Kleinübing.
O programa contempla três linhas:
Capital de giro: até R$ 200 mil; Inovação: até R$ 500 mil; Exportação: até R$1 milhão.
Desde o lançamento, em fevereiro, foram liberados R$ 215 milhões. A meta é chegar a R$ 500 milhões até o fim do ano. “Temos muito recurso disponível, e por isso estimulamos que quem tem um micro ou pequena empresa procure uma cooperativa com a qual já tenha relacionamento e busque o acesso ao PRONAMPE BRDE”, argumenta.
Estrada Boa
O BRDE também participa do programa Estrada Boa Rural, do Governo do Estado, que prevê a pavimentação de 2.500 km de vias em todos os 295 municípios catarinenses. “O BRDE, junto com o Badesc, vai fazer todo o apoio e a personalização do programa: contato com os prefeitos, aprovação de projetos, liberação do recurso e também viabilizar a contrapartida dos municípios”, frisa.
Cenário nacional
Kleinübing destacou que o atual patamar da Selic representa um desafio: “Taxas altas desestimulam o crédito e elevam a inadimplência. Ainda assim, tivemos um semestre expressivo no estado”. Ele defendeu a redução gradual da Selic, com expectativa de queda a partir de 2026, e criticou o uso do IOF como instrumento de arrecadação. “O IOF é um mecanismo de regulação, e não de receita. O Congresso reagiu corretamente ao uso indevido pelo governo federal”, disse.
Por fim, reforçou a importância do equilíbrio fiscal: “O ajuste precisa vir também pelo lado das despesas. É papel de todos os poderes tornar o gasto público mais eficiente”.
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Página publicada por mais de 30 jornais, abrangendo todas as regiões do Estado de SC (Reprodução)
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