A economia de Santa Catarina cresceu 6,8% no ano até fevereiro, em comparação com igual período do ano anterior. O resultado superou a média de crescimento da atividade econômica no Brasil no período, que foi de 3,8%, segundo o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central, indicador que é considerado uma prévia do PIB.
Dados consolidados pelo Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) apontam que a indústria puxou o desempenho, com crescimento de 7,6% no bimestre, seguida pelo comércio ampliado, que avançou 6,7%. Já o setor de serviços cresceu 4,5% nos dois primeiros meses de 2025.
Entre os setores que mais contribuíram para o desempenho industrial estão a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com alta de 21,1%, e a fabricação de máquinas e equipamentos, que cresceu 20,2%.
SINAL DE ALERTA NA EDUCAÇÃO
Mesmo exibindo um dos maiores PIBs per capita do Brasil, sendo referência em desenvolvimento industrial e em inovação, Santa Catarina precisa melhorar seus indicadores educacionais. Essa é a opinião do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
“O estado, que em 2005 estava entre aqueles com melhor desempenho educacional do país, hoje ocupa o 17º lugar no ranking que mede a qualidade da educação, o IDEB do ensino médio da rede estadual”, alerta Aguiar. Segundo ele, apenas 7% dos estudantes concluem o ensino médio com o nível adequado em matemática e apenas 22% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental têm desempenho adequado nessa disciplina.

O presidente da Fiesc lembra que nas Escolas SESI os resultados mostram que é possível mudar essa realidade. “Hoje mais de 51% dos estudantes do 3º ano do ensino médio têm desempenho adequado em matemática – sete vezes mais que a média da rede pública”, comemora. Aguiar assinala que, para ampliar o impacto, a FIESC vem firmando parceria com prefeituras para levar o seu modelo educacional para dentro das escolas públicas. “Já são mais de 100 prefeituras atendidas", diz ele.