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MARLENE FENGLER, Secretária-Geral da ALESC (Fotos: Divulgação)
Seis gerações dividem o planeta ao mesmo tempo. Esse fato inédito já transforma a economia, o trabalho e a vida em sociedade. Ao participar recentemente do Festival Conecta, em São José, fortaleci uma convicção: envelhecer é uma vitória que precisa ser bem administrada.
O Brasil envelheceu. Mais de 37 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, e até 2050 o mundo contará com 2,1 bilhões de idosos. Essa longevidade é conquista, mas também um chamado para ação.
Será que nossas cidades são acessíveis? O sistema de saúde está pronto? O mercado valoriza profissionais experientes? A realidade mostra que ainda não. Países como Japão e Alemanha já reformaram previdência, transporte e políticas de inclusão. Aqui, o etarismo segue como barreira invisível, afastando os mais velhos de oportunidades e do convívio social.
Mas o envelhecimento é também força econômica. A economia prateada já gera R$ 2 trilhões por ano no Brasil e US$ 15 trilhões no mundo, envolvendo saúde, tecnologia, turismo, moradia e serviços. Um mercado em plena expansão que exige visão de futuro.
Falar de longevidade é falar de todos nós. Políticas de saúde preventiva, educação ao longo da vida e inclusão digital precisam sair do papel. Viver mais é um privilégio coletivo — e cabe a nós transformá-lo em qualidade de vida e oportunidades para cada geração. O tempo é agora. O futuro já chegou e já é prateado.
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