Os pequenos negócios representam 92% das empresas formalizadas e respondem por 42% do PIB do nosso estado. Em números atuais, somos 1.389.751 de empreendedores, conforme dados da Junta Comercial de SC, gerando 49% dos empregos formais. Em um cenário ideal, as empresas deveriam ter capital de giro próprio para poder pagar seus fornecedores, colaboradores, impostos e investimentos. Mas infelizmente não é isso o que acontece, principalmente após a pandemia, pois ainda sofrem as consequências de medidas que paralisaram por decreto quase todas as suas estruturas, enquanto boa parte das despesas financeiras foram mantidas. Tudo isso colocou muitas empresas em uma posição extremamente crítica financeiramente.

Ainda que tenham sido oferecidas muitas linhas de crédito, não foram suficientes para superar e viabilizar as empresas economicamente. O governo de Santa Catarina, no decorrer de 2024, disponibilizou o Pronampe Emergencial, o Pronampe Mulher e o Pronampe SC, que ajudaram parte das empresas. Contudo, ainda havia uma grande demanda reprimida em busca de linhas viáveis e sustentáveis na questão do custo financeiro e prazos para amortização.

Com sensibilidade, visão progressista e pró-ativa, o governo de Santa Catarina, via convênio com o BRDE, disponibilizou mais três opções de linhas para as micro e pequenas empresas: o Pronampe Sustentabilidade, com teto de até R$ 200 mil; o Pronampe Inovação, com teto de até R$ 500; e o Pronampe BRDE Exportação, com teto de até R$ 1 milhão por empresa.

É importante salientar que essas linhas têm carência de seis meses, mais 24 meses para a amortização e juros limitados à taxa da Selic. Operadas pelas cooperativas de crédito, vale aqui destacar que a maioria das cooperativas de crédito de Santa Catarina aderiu ao programa. Dentro das opções disponíveis no momento, essas operações são muito atraentes pelo seu custo financeiro.

A Fampesc recomenda ao grande empresário da micro e pequena empresa que optar por essas linhas de crédito, que o façam com responsabilidade. Nossa recomendação é aplicar os recursos no seu capital de giro, investimentos na linha de produção ou estoques, ou até mesmo usar esse dinheiro para eventualmente quitar outras operações financeiras que tenham a carga de juros mais alta.

Pedro Gilmar Fank, Presidente da Fampesc