- `BOLSA-EMPREITEIRA’ DO BNDES CUSTA R$20 BILHÕES
O BNDES pagou R$ 20,7 bilhões pelo “privilégio” de financiar obras no exterior, em 2014, tocadas por empresas como a Odebrecht, acusada na Lava Jato de subornar agentes públicos. O “bolsa-empreiteira” do BNDES capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e empresta a 6%, arcando com os outros 5%. Por isso, dos R$ 414 bilhões financiados 2014, bancou R$ 20,7 bilhões.
SANGRIA DESATADA
Empréstimos do Tesouro ao BNDES totalizavam R$ 9,9 bilhões (0,3% do PIB) em 2006. Chegam atualmente a R$ 414 bilhões (8,5% do PIB).
BOLSA-LOUIS VUITTON
O BNDES financiou mais de 2 mil projetos no exterior para empreiteiras construírem portos, rodovias, hidrelétricas e aeroportos no exterior.
PAÍS DAS BOLSAS
O valor gasto pelo governo Dilma, no “bolsa-empreiteiro” do BNDES, só é comparável aos R$ 27 bilhões aplicados no programa Bolsa-Família.
PISTA
Ignoram-se os critérios para o BNDES financiar obras no exterior. As mais favorecidas foram fisgadas na Lava Jato – talvez seja uma pista. (Cláudio Humberto/Diário do Poder)
- Pesquisa do PT mostra derretimento de base social e causa 'perplexidade'
Tremendo na base - Pesquisas internas do PT revelaram que a crise do segundo mandato de Dilma Rousseff provocou um “derretimento da base social” do governo, nas palavras de um cacique da sigla. Trabalhadores e famílias beneficiadas por políticas de inclusão de gestões petistas dizem não tolerar mais a corrupção e reclamam que as medidas recentes do Planalto não condizem com as bandeiras defendidas na campanha. “Perplexos”, dirigentes dizem que o novo cenário “dificulta a reação” do partido.
Sem palavras - A cúpula do PT tem feito reuniões periódicas em busca de um discurso para reconquistar os grupos tradicionalmente vinculados ao partido. Até agora, não conseguiram nenhuma fórmula mágica.(Vera Magalhães - Painel/Folha de S.Paulo)
- Governo avalia que só vai recuperar apoio da base aliada após retomar popularidade
Para auxiliares da presidente Dilma Rousseff, só haverá melhoras na relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional quando o governo conseguir recuperar popularidade e interlocução com a sociedade. Por isso, cresce a defesa interna de que é preciso retomar uma comunicação mais ampla com todos os segmentos do país. Nas palavras de um interlocutor da presidente Dilma, enquanto o governo tiver com aprovação em baixa, haverá dificuldade na relação com o Congresso. Na reunião de coordenação política de hoje, o foco principal foi na retomada de conversações com a base aliada. Mas há o reconhecimento de alguns integrantes do governo de que há limite nessa atuação com o Congresso enquanto a rejeição estiver elevada.(Gerson Camarotti/G1)
- Fatos e versões
A crise na base e o escândalo Petrobras ainda não comprometeram a iniciativa política do governo Dilma. O Planalto calcula que, a despeito da gritaria, o resultado prático é positivo. A pasta de Relações Institucionais, do ministro Pepe Vargas, fez as contas e concluiu que em 34 votações, o governo ganhou 26 e perdeu 8. E que em média o apoio dos deputados governistas é de 69%. É maior o otimismo com o destino do ajuste.
O Planalto respira
A nova coordenação política do governo não vai baixar a guarda, mas o clima de pânico está se dissipando. Um dos ministros diz que a questão com os petistas está praticamente superada. O PT quer que a Fazenda ofereça alguma coisa, uma concessão, para que eles possam defender o ajuste. Outro ministro afirmou que as coisas estão se ajeitando no PMDB, Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, apoiam o ajuste. Eles avaliam que as MPs estão acima da briga governo x oposição ou entre PMDB x PT. Ambos creem que se o Brasil der errado, todos perdem. Mas já avisaram que quem decide a dosagem do ajuste é o Congresso. (Ilimar Franco - O Globo)
- Brasil reconhece que precisa importar energia da Argentina e Uruguai
Agora, é oficial: o Brasil está reconhecendo a necessidade de importação de energia elétrica da Argentina e Uruguai. O Ministério das Minas e Energia autorizou a Petrobras e Eletrobras importarem até 2 100 megawatts (MW) e 570 MW, da Argentina e Uruguai, respectivamente, até o último dia de 2015. Como não existe almoço grátis, muito menos no setor de energia, o custo do megawatt-hora (MWh) no mercado spot é o triplo do MWh das hidrelétricas atualmente em operação no Brasil. (Lauro Jardim - Radar-on-line/Veja)
Deixe seu comentário