Uma série de fatores objetivos e altamente favoráveis, dão todas as condições de se prever um Natal histórico para o varejo neste último mês de 2010. A manutenção dos índices de emprego, o aumento da renda, a expansão do crédito, somado ao otimismo da população e a estabilidade econômica, nos permitem afirmar que as vendas serão superiores a 2009, em índices 12% maiores em relação ao mesmo período apurado no ano passado.

Temos neste mês o pagamento do décimo-terceiro salário, que deverá injetar, somando-se as duas parcelas, R$ 102 bilhões na economia, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O número total de beneficiários dessa gratificação chega a 74 milhões de pessoas, o que revela o enorme potencial de consumidores. Constatamos também a migração de pessoas, ascendendo de classes sociais, com destaque para classes C e D que representam um mercado de R$ 834 bilhões no Brasil, segundo mostra o levantamento realizado pelo Instituto Data Popular

O Natal movimenta toda uma cadeia produtiva, não somente o varejo, mas a indústria, os serviços, o agronegócio, o turismo, a hotelaria, dentre outros. Os produtos comercializados são os mais variados, que vão de automóveis a bebidas, de joias a brinquedos, de tintas para pintura da casa até móveis, eletroeletrônicos e viagens, só para citar alguns itens.

Todo este cenário vai ajudar a contribuir para o crescimento do PIB na ordem de mais de 7% em 2010, mostrando a capacidade empreendedora e de desenvolvimento econômico de nosso país. Só esperamos que para finalizar o ano em perfeita harmonia, e em paz, que a sociedade não seja ?brindada? com nenhuma forma de aumento de carga tributária, como é o caso da pretendida volta da malfadada CPMF. Contamos com o bom senso de nossos governantes e de nossos representantes no legislativo, para que não aprovem medidas dessa natureza, permitindo assim que o Brasil continue crescendo com justiça social e tributária.