Qual é a sua percepção, advogada e advogado que atua no interior do Estado, sobre a presença efetiva da OAB/SC no seu cotidiano? Nossa Seccional está presente? Ou, de tão ausente, você até desanimou e já não espera muita coisa de nossa entidade?
Tenho conversado com colegas de diversas regiões e há uma percepção comum de que, a se considerar o tema da atuação descentralizada e inclusiva, a distância entre a OAB/SC e nossas cidades não pode ser medida em quilômetros, mas em anos-luz.
A consequência desse afastamento constante e crescente é muito ruim tanto para a advocacia quanto para a própria OAB/SC, que perde em representatividade e importância no nosso trabalho. O desânimo, ainda que totalmente compreensível, faz com que os profissionais desistam de esperar por ações essenciais, como por exemplo, o combate à pauperização da classe, a defesa da democracia e do Estado de Direito. Questões estas que interferem diretamente no dia a dia de cada um de nós.
Aí vem a pergunta: você se imagina entrar na defesa de uma causa com desânimo e falta de esperança? Pois a causa de uma OAB/SC realmente nossa, presente em todos os cantos de nosso Estado, precisa ser defendida com o mesmo vigor que colocamos em cada trabalho que realizamos. Assim como não desistimos de uma causa justa, não temos o direito de desistir de lutar por uma Seccional realmente plural, inclusiva e democrática.
O convite que faço vai além de refletirmos sobre a OAB/SC e sobre o quanto a aceitação da atual realidade pode consolidar os privilégios de pequenos grupos. Precisamos agir de forma concreta. Podemos, sim, tomar nas mãos o destino da Seccional e fazer toda a diferença para a retomada de uma entidade protagonista, que nos orgulhe e atenda as demandas de advogadas e advogados que enfrentam tantos desafios para ocupar um espaço no mercado.
Este convite, portanto, é para assumirmos nossa responsabilidade, com esperança e determinação para mudar.
Mara Mello, advogada
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