Makó, uma pequena cidade do Sudoeste da Hungria, é famosa pelas sua estância de águas termais e por ser terra natal de Joseph Pulitzer, o jornalista que criou os padrões atuais da imprensa norte-americana.
Com seu legado de um milhão de dólares, a Universidade Colúmbia instituiu, em New York, a sua famosa escola de jornalismo, e instituiu o Prêmio Pulitzer, que é o “Oscar” da imprensa mundial.
Os Estados Unidos se tornaram a maior potência do mundo porque, ao longo de sua história, foi o maior importador de pesoas criativas, atraindo as cabeças privilegiadas, que tem sido responsáveis pelo grande avanço econômico, científico e cultural daquele País.
Walt Disney, Charles Chaplin, George e Ira Gershwin, Andy Warholl, Henry Kissinger, Werner Von Braun, Albert Einstein, Greta Garbo, Ingrid Bergmann, Arthur Rubinstein, Tonny Benet são apenas uns dos tantos exemplos dessa imigração de ouro.
Joseph Pulitzer atravessou o oceano, em 1864, com apenas 17 anos, começando sua odisséia americana ao servir às tropas federais, num regimento de cavalaria, durante a Guerra da Secessão.
Dois anos depois, iniciava a sua carreira como reporter do Jornal “Westliche Post”, editado em língua alemã, tamanho era o número de imigrantes de origem germânica. Seu talento era tão grande que, nos cinco anos seguintes, tornara-se editor chefe e co-proprietário do jornal, antes de ser admitido, em Washington, como correspondente do “New York Sun”.
Pouco tempo depois, já era personalidade importante da imprensa norte-americana, ao criar, em Sain Louis, o jornal “Post Dispatchs”, resultante da fusão do “Evening Post” e do “Post-Dispatches”.
Em 1883, muda-se para New York, onde, com apenas 36 anos, compra o jornal “The World”, que se tornou num dos mais importantes jornais norte-americanos daquela época.
A partir daí, lança as bases do seu pensamento editorial, fazendo do “The World” um jornal comprometido com a verdade e comprometido com as grandes causas sociais, sobretudo das pessoas pobres.
Pulitzer defendia uma imprensa verdadeiramente democrática, engajando-se nas causas relativas à melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Seu jornal foi a trincheira mais forte em lutas como redução da jornada de trabalho e fortalecimento dos sindicatos laborais.
Uma de suas muitas plataformas foi a criação da Lei anti-trust, que deu impulso à democratização das atividades das companhias norte-americanas, inibindo a formação de monopólios.
O “Prêmio Pulitzer” foi concedido pela primeira vez, em 1917, seis anos após a morte de seu inspirador. Desde então, tem distinguido, anualmente, personalidades de áreas diversas do jornalismo e da literatura. Tem como objetivo encorajar a prática do jornalismo livre, independente e combativo, feito por profissionais comprometidos com a excelência.
O Pulitzer premiou os fotógrafos sul-africanos Greg Marinovich e Kevin Carter, pela coragem com que cobriram a violência do apartheid e as condições miseráveis em que viviam os negros africanos. A saga desses dois bravos profissionais da imprensa foi objeto do filme “O Clube do Bang-Bang”, que tem como personagens, também, o fotógrafo português João Silva e seu colega de origem escandinava, Ken Oosterbroeck.
Ver o filme, e ler sobre Joseph Pulitzer reforça as nossas convicções pela democracia e pela justiça social!
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