A tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), fez com que autoridades e cidadãos passassem a se preocupar de forma especial com a segurança das construções. É a partir desta reflexão que o Sindicato do Mercado Imobiliário do Oeste (Secovi/Oeste) ressalta a importância de os síndicos estarem atentos aos imóveis que administram, para que a prudência evite mais fatalidades em casos de incêndio. 

O presidente do Secovi/Oeste, Altir Paludo, lembra que incêndios de grandes proporções não se restringem apenas às casas noturnas, mas que qualquer imóvel está suscetível a isso. “Podem acontecer em fábricas, frigoríficos, assim como em edifícios e empresas imobiliárias e locais em construção, além de espaços de concentração de pessoas, como igrejas, escolas, repartições públicas, entre outros locais”.

“O cuidado do bom síndico é de evitar situações perigosas, alertando e cobrando investimentos em luzes de emergência, baterias em elevadores, extintores de incêndio, mangueiras e hidrantes, reserva de água para abastecimento do preventivo hidráulico, corrimãos e piso antiderrapante, caso ainda não os tenha instalados”, ressalta Paludo.

Medidas de segurança objetivam um nível adequado de segurança aos ocupantes da edificação em caso de incêndio, de modo que isso facilite a evacuação do local com as devidas condições de segurança. Elas também visam minimizar as probabilidades de propagação do fogo e riscos ao meio ambiente, bem como facilitar o atendimento às vítimas.

“Eliminar completamente o risco de um incêndio é impossível, porém, quanto maior for a precaução para evitá-lo, menor é a chance de acontecer e/ou causar danos irreversíveis como mortes devido ao fogo e a fumaça liberada”, afirma o presidente.

Paludo finaliza explicando que é preciso manter os equipamentos de segurança dentro do prazo de vencimento e vistoriá-los sempre, para evitar que os produtos vençam e comprometam a segurança dos condôminos.

“Ter um sistema eficaz de prevenção e combate a incêndios e realizar a devida manutenção são medidas que devem ser custeadas pelos condôminos, mas que refletem na segurança habitacional. Outra medida importante é assegurar a rotina de verificação da sinalização e iluminação de emergência e da operacionalidade das portas especiais, que podem evitar a disseminação do fogo, facilitando a evacuação do edifício e a intervenção dos bombeiros” finaliza Paludo.