Mais um revés ao desenvolvimento de SC e à segurança de nossas rodovias, por Emilio Schramm, vice-presidente da Fecomércio/SC
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Emilio Schramm, vice-presidente da Fecomércio/SC (Fotos: )
Há muito tempo as lideranças empresariais se empenham em conscientizar os catarinenses e entidades parceiras de todo o país sobre a importância da BR 470 ao desenvolvimento do estado e do Brasil. Afinal, boa parte do escoamento de nossa produção passa pela rodovia.
Agora, novamente somos surpreendidos com o corte de verbas para sua manutenção e duplicação pelo governo federal. Os vetos do Executivo ao orçamento da União para 2022 significaram R$ 43,2 milhões a menos que o previsto para as rodovias federais em Santa Catarina - cerca de 14% dos R$ 302 milhões destinados ao estado. Resumindo: 25% dos cortes na infraestrutura nacional sumiram da previsão para a BR 470.
Nesta luta de anos, foi demonstrado que a duplicação entre Navegantes e Indaial seria totalmente paga com os impostos federais da região recolhidos em quatro meses. O que vemos é uma total insensibilidade, inflada por pretensões eleitorais. Será tão difícil compreender que as BRs 470 e 282 formam um eixo que ligam o Extremo Oeste, o Meio Oeste e o Alto Vale e Vale do Itajaí aos portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá? E o alerta das mortes decorrentes do atraso nestas obras, de nada valem?
Graças à visão estratégica do governo estadual, a duplicação entre Navegantes e Gaspar já está em curso. Mas é uma parte muito pequena frente à real necessidade do estado. Além das vidas perdidas, nossa economia teve um atraso de cerca de 30% nos últimos cinco anos, em função desta inércia.
O empenho das entidades que integram o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) - FIESC, FECOMÉRCIO, FAESC, FACISC, FAMPESC, FCDL/SC e FETRANCESC - forma um movimento que cobra soluções urgentes. Porém, o ímpeto da maioria dos políticos, nas esferas federal, estadual e municipal, faz parecer que esta obra não é prioritária, e, sim, que as palavras de ordem são 'eleições' e 'reeleições', previstas para daqui alguns meses.
Diante disso, os aguerridos líderes empresariais conclamam a todos os catarinenses a fazer valer seu voto em novembro.
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