Caros concidadãos, os últimos anos no Brasil têm sido marcados pelo antagonismo político, pelas posições extremistas e, de modo geral, pela nossa incapacidade de debater sem escorregar para a agressão, a intolerância e, muitas vezes, para a violência. Em ambos os lados, a tônica é a insatisfação.

Ouso dizer que estamos vivenciando a "tempestade perfeita", a conjuntura que tem todos os ingredientes para reforçar a tese de que o país não tem jeito e de que nenhum político é confiável. Certamente é o caminho mais fácil para lavar as mãos e não ter o trabalho de se comprometer. No final, quando tudo der errado, podemos reclamar em paz!

Estamos a um ano das eleições e, no meu entender, o caminho mais fácil não é uma opção. É hora de refletir. Apesar de toda a instabilidade política e econômica dos últimos tempos, causada por diversos fatores, vivemos numa democracia. Só a democracia nos possibilita o voto livre, que dá a todos os cidadãos poder idêntico.

Em 2022 vamos escolher o presidente da República, os governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Estamos a um ano do pleito e é preciso ter em mente que a responsabilidade sobre o nosso futuro comum é de cada um de nós, eleitores.

O processo eleitoral não é loteria. É o resultado, a soma, do que pensa e deseja a maioria dos cidadãos com mais de 16 anos de idade. E o que queremos? Acredito que, independentemente da linha ideológica, queremos representantes que promovam o desenvolvimento econômico e social do estado e do país e que sejam capazes de criar um ambiente favorável à prosperidade individual e coletiva, com paz e harmonia. Um ambiente que nos permita sonhar e acreditar que somos capazes de realizar nossos sonhos.

Por isso, é hora de refletir sobre as possibilidades que estão sendo colocadas, buscar informações além da superficialidade e das aparências, analisar, para, então, estarmos prontos para fazer a escolha de cada um dos nossos representantes.

É hora de assumir essa que é uma das mais importantes responsabilidades que se impõem a cada um de nós, cidadãos. É hora de tomarmos as rédeas do nosso destino. Alguns nomes já estão sendo colocados, muitos outros ainda se apresentarão. Temos tempo. Mas, a meu ver, essa é uma tarefa inadiável e indelegável. Cada um dos eleitos em 2022 só poderá chegar lá com o nosso voto. Façamos escolhas conscientes!


Napoleão Bernardes, professor da FURB e ex-prefeito de Blumenau