Artigo: A presença da mulher nas Cooperativas de SC, por Marcos Antônio Zordan
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(Fotos: Divulgação)
Autor é Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de SC (OCESC)
Depois da Segunda Guerra mundial a mulher saiu de casa, conquistou seu lugar no mercado de trabalho, ascendeu aos cargos de assessoramento e comando nas empresas, universidades, associações, sindicatos e outras organizações humanas e nunca mais parou na sua incessante busca por espaço, respeito e reconhecimento. Esse fenômeno histórico e sociológico ocorre em todos os países, mas, em cada um deles apresenta-se em um estágio diferente.
Nas cooperativas brasileiras houve conquistas, não concessões. Prova disso é que a participação feminina no cooperativismo catarinense é expressiva e obteve crescimento de 11,86% em 2014, segundo dados que levantamos na Ocesc. Com total de 651.422 mulheres, elas representam 37,20% do quadro social das cooperativas e a projeção de crescimento até o fim deste ano é de 10%. Tenho dito que não há futuro sem cooperativismo e não há cooperativismo sem mulheres.
A autoestima das mulheres e o nível de informação e compreensão sobre o universo das cooperativas e suas implicações sociais e econômicas cresceram intensamente com a realização dos encontros anuais, cursos, programas especiais e treinamento. Entre as iniciativas de destaque destinadas ao público feminino estão o já consolidado Encontro Estadual de Mulheres Cooperativistas (no último, sob o tema "Cooperação, equilíbrio e bem-estar", reunimos 900 lideranças femininas em Florianópolis) e o recente Programa Mulheres Cooperativistas, realizado nas cooperativas.
Nos últimos anos ocorre uma crescente, benéfica e positiva participação da mulher nas entidades associativistas. Ela deixou de ser agente passivo das mudanças e transformações de nosso tempo, reivindicou, impôs-se e conquistou o direito de discutir, votar, criticar, propor, rejeitar, candidatar-se - enfim, participar das instituições ligadas direta ou indiretamente a sua vida.
As atividades desenvolvidas nas assembleias, cursos, treinamentos, dias de campo, comitês educativos e grupos de trabalho tornaram-se mais dinâmicas e mais produtivas porque a mulher é mais detalhista, metódica e leal aos princípios do cooperativismo, não falta às reuniões e estimula, por consequência, a participação do homem. Sua presença contribuiu para harmonizar as diferenças, atenuar as tensões, fortalecer os pontos de convergência e realçar os interesses comuns.
Atentos a isso, os dirigentes cooperativistas valorizam o papel da mulher e criam novas formas de participação, elevando a qualidade do relacionamento entre os quadros diretivos e a base cooperativada. Estamos orgulhosos pela evolução da participação feminina no cooperativismo.
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