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Engenheiro Ronaldo Macedo Lopes, da Gerência de Mercado Industrial Veicular da SCGÁS, concedeu entrevista à Rede Catarinense de Notícias (Fotos: Cassiano Ferraz / SCGás)
A SCGás vem investindo para expandir a utilização do combustível de baixo impacto ambiental em todo o país
Caminhões movidos a GNV (Gás Natural Veicular) e biometano são uma realidade no mundo. A SCGás - Companhia de Gás de Santa Catarina - vem investindo para expandir o mercado nacional, tornando- -o ainda mais atraente às empresas de transporte de cargas. Segundo o engenheiro Ronaldo Macedo Lopes, da Gerência de Mercado Industrial Veicular da SCGás, o uso de GNV ou biometano representa uma redução entre 15 e 20 por cento no consumo de combustíveis, mas principalmente trata-se de uma matriz energética de baixo impacto ambiental, ao contrário dos veículos de cargas movidos a óleo diesel, que despejam no meio ambiente toneladas de gases altamente tóxicos, como ogás carbônico (CO2).
Ronaldo destacou que o mercado mundial está migrando para o transporte de cargas em veículos abastecidos a combustíveis “limpos”. “Essa visão do ambiente de negócio mundial não pode ser diferente no Brasil, pois o que se está provocando é uma verdadeira revolução no setor de transporte de cargas”, afirmou o executivo, em palestra proferida na 2ª Febratex Summit, realizada em Blumenau.
Ele lembrou que, no caso do GNV, a redução da emissão de gás carbônico e outros poluentes na atmosfera chega a 21%, enquanto o biometano é superior a 95%. “Estamos caminhando para a descarbonização do setor de transporte de cargas”, observou Ronaldo Macedo.
Plano de expansão
Para expandir o mercado de GNV e biometano, a SCGás objetiva dotar a malha viária do país com grandes corredores rodoviários que possibilitem o abastecimento dos caminhões com GNV e biometano. Em Santa Catarina, a empresa tem uma infraestrutura bastante desenvolvida. "Dos 140 postos que operam com GNV, 44% (60) estão instalados estrategicamente nas principais rodovias e, portanto, já podem abastecer, além dos veículos leves, também os veículos pesados”, revelou o engenheiro.
Menos importação
Também presente na Febratex, o presidente da SCGás, Otmar Müller, lembrou que mesmo que determinada indústria não consuma gás natural em seus processos, ela poderá usá-lo na logística dos produtos com benefícios ambientais em relação ao diesel e competitividade de preços. “Isso está na agenda das principais indústrias brasileiras, os próprios clientes estão exigindo selos de redução do consumo de gases do efeito estufa, essa é a oportunidade para as indústrias migrarem suas frotas de caminhões movidos a óleo diesel para o gás natural”, enfatizou.
Müller chama atenção ainda para a possibilidade do Brasil importar menos óleo diesel, já que não é auto suficiente nesta matriz energética e paga um preço elevado no mercado internacional para ter o produto.
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