Zema e Dallagnol e o pagamento de salários com recursos públicos
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Romeu Zema (a esquerda), governador de Minas Gerais, e Bruno Souza (a direita), ex-deputado estadual (Fotos: Reprodução Redes Sociais)
Dois dos expoentes nacionais do Novo expõem contradições entre discurso e prática. Até agora os integrantes catarinenses da sigla não caíram na armadilha, mas enfrentam desgaste
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) pediu reajuste de salário que vai chegar a 300% em 2025 e é questionado no STF. O ex-deputado Federal Deltan Dallagnol (Novo) teve o mandato cassado e agora recebe salário de R$ 41 mil de seu partido. Nos dois casos, a origem dos recursos para pagamento são os impostos pagos pela população, uma pauta cara para construção de imagem do partido. O coordenador da operação Lava-Jato justifica. "Da mesma forma como eu servi à sociedade recebendo o salários ao longo da minha vida como procurador, depois como deputado federal, eu hoje estou recebendo um salário para servir a sociedade", disse em entrevista à Rádio Gaúcha.
Já Zema alega que os reajustes foram necessários porque "os valores pagos até então eram incompatíveis" com o cargo. Completa, ainda, que os salários haviam ficado congelados por 15 anos e que a referência para o reajuste foi o vencimento do presidente do Judiciário mineiro.
Novo catarinense
No estado, o partido tem no prefeito de Joinville, Adriano Silva, o principal destaque entre os ocupantes de cargos públicos. Na sequência os deputados federal, Gilson Marques, e estadual Matheus Cadorin, além do recém-filiado prefeito de Ascurra, Arão Josino.
Um filiado bastante atuante, com posições fortes e por vezes polêmicas, é o ex-deputado estadual Bruno Souza. Ele se transferiu ao Novo em 2019 depois ter se elegido pelo Partido Socialista Brasileiro. Por pouco não se elegeu deputado federal em 2022, mas continua bastante ativo nas redes sociais, com posicionamentos fortes contra aumento de gastos públicos e uso inadequado dos valores pagos em impostos por ocupantes de cargos políticos e nos demais poderes. Durante a eleição do ano passado, Souza declarou que não usou recursos do Fundo Eleitoral e que foi o deputado mais econômico da história da Assembleia Legislativa.
No dia 1º de dezembro o Novo realizou almoço para receber Dallagnol com a presença de Bruno Souza, em Palhoça, na grande Florianópolis.
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