Nesta semana instituições financeiras realizaram o “Dia D”, com o objetivo de auxiliar o público a renegociar dívidas
Nesta quarta-feira, 22, o Banco do Brasil marcou presença no Dia D do Desenrola - Faixa 1, abrindo mais de quatro mil pontos de atendimento uma hora mais cedo. O BB está empenhado em apoiar os clientes do Faixa 1, oferecendo assessoria e informações sobre o programa. Desde o lançamento, o Banco já renegociou cerca de R$ 19 bilhões, beneficiando mais de 100 mil clientes. O Desenrola Faixa 1 teve sua terceira ampliação recente, incluindo clientes com dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. O programa oferece condições especiais até 31 de dezembro, com descontos de até 99%, taxa de juros de 1,99% a.m., e prazos flexíveis.
Além disso, o Banco do Brasil ampliou as condições do Desenrola Faixa 2 para outros públicos varejistas, resultando na renegociação de quase R$ 19 bilhões, beneficiando mais de 900 mil clientes do BB. A instituição também iniciou as renegociações do FIES, com descontos de até 100% em juros e multas para débitos em atraso. Os estudantes podem contatar a Central de Relacionamento do BB para obter mais informações sobre as oportunidades de renegociação, que se iniciaram este mês. O FIES, criado em 1999, visa facilitar o acesso ao ensino superior para jovens de baixa renda.
A Rede Catarinense de Notícias conversou com o Superintendente Estadual de Varejo do Banco do Brasil, Rafael Alessi, que detalhou o assunto. Confira abaixo o bate-papo:
Por que o Governo Federal criou o Desenrola Brasil e qual é o o número de pessoas inadimplentes e em volume financeiro no país?
Rafael: Precisamos considerar duas etapas do Desenrola Brasil. A primeira, que iniciou em junho com a negociação de dividas de pessoas com renda até R$ 20 mil, eram negociações de dívidas bancárias, de cartão de crédito, enfim, do sistema financeiro e isso teve muito sucesso. Junto com ela, aliás, teve uma outra ação que é muito importante que é a baixa da negativação de dívidas de até R$ 100,00, só nessa baixa foram mais de seis milhões de dívidas, ou seja, mais de seis milhões de pessoas tiveram seus nomes limpos. Nas dívidas da negociação da primeira etapa foram negociadas dividas de mais de 1,7 milhão de pessoas. A etapa mais aguardada é a segunda, que iniciou agora em outubro e chamamos de faixa um, onde são negociadas dividas de pessoas que tem até dois salários mínimos. Um volume maior de pessoas e que precisam mais desse apoio. O programa foi muito inteligente em criar uma espécie de fundo de garantia, ou seja, os credores têm interesse em negociar porque eles têm essa garantia de recebimento.
A contrapartida para essa garantia são os descontos. No programa, os credores que disponibilizaram os maiores descontos são “priorizados” na hora da negociação, na seleção das dívidas. Por exemplo, se a pessoa tem dívida em três instituições financeiras, a que ofereceu maior desconto é a selecionada na plataforma para a regularização. Em média, teve 83% de desconto nas dividas e condições muito boas. Lembrando que o prazo para participar do programa é dia 31 de dezembro.
Por que algumas dívidas podem não aparecer na plataforma e existem outras opções de renegociação além do programa?
Rafael: Nem todas as dividas estarão selecionadas para serem renegociadas justamente pelo acordo de contrapartida em descontos, onde as empresas que deram mais descontos foram selecionadas primeiro. É importante ficar atento e conferir com frequência as dívidas e renegociações disponíveis pois isso é atualizado no sistema e uma empresa que no início não estava participando pode estar participando agora. Caso não esteja na plataforma, nossa dica é que seja procurado o credor e negocie você mesmo a dívida pois muitos deles estão com condições diferenciadas nesse momento mesmo fora do Desenrola. Nessa segunda etapa tem diversos setores participando, como serviços, varejo, é bem amplo. Inclusive, estão disponíveis para renegociação as dívidas do Financiamento Estudantil – Fies.
Como a participação no Desenrola Brasil pode impactar positivamente os devedores e quais são as perspectivas para o programa?
Rafael: O programa tem um potencial gigante. Até o dia 31 de dezembro existe a possibilidade de 32 milhões de pessoas que tem algum tipo de dívida nessa faixa do público atual, mas para isso é necessário que as pessoas acessem uma plataforma e muitas vezes precisam de ajuda. Para acessar é necessária a certificação prata ou ouro da plataforma e tem uma série de passos, inclusive realizamos o “Dia D” para esse apoio, para receber as pessoas e orientar, cliente ou não do Banco do Brasil, nossos colaboradores estão preparados para auxiliar. Além do interesse comercial que é importante, tem algo ainda mais que é o potencial impacto positivo na economia que é bom para todos os setores, empresas. Temos também esse papel institucional.
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