Atualmente são 5 mil alunos estudando nesse sistema em unidades em Florianópolis, Lages, Tubarão, Criciúma, Palhoça, Biguaçu, Blumenau, São Miguel do Oeste e Chapecó

Posicionado entre o secretário e a adjunta da Educação do Estado, Aristides Cimadon e Patrícia Lueders respectivamente, o governador Jorginho Mello (PL) postou um vídeo em suas redes sociais em que informa a criação, por decreto, do programa estadual das Escolas Cívico-Militares. O texto, de fato, foi publicado no dia 22 de dezembro de 2023, mas o chefe do executivo estadual decidiu retomar esse assunto nesta terça-feira (2), primeiro dia útil de 2024. É um gesto para a base bolsonarista catarinense. Importante observar que isso ocorre poucos dias antes de um grande ato organizado pelo presidente Lula (PT), em Brasília, para marcar um ano da depredação dos três principais prédios públicos do país (Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF), ocorrido em 8 de janeiro do ano passado. Jorginho não deve participar e marcar seu posicionamento anti-petista. Pode ser somente coincidência o tema ser retomado neste momento. 

Voltando às escolas Cívico-Militares, que foi pauta constante na Alesc em 2023, o governador destaca no vídeo, com trilha sonora militar ao fundo, que essa forma de ensino valoriza o patriotismo e a família. "São importantes para consolidar o ensino em Santa Catarina", finaliza. 

Na prática, o Governo do Estado vai bancar o modelo criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 10 cidades do estado e pretende criar mais uma em Herval d'Oeste, na região de origem de Jorginho. Sob Lula, o governo federal decidiu abandonar o projeto (tirar os recursos que enviava aos estados e municípios para bancar o modelo) que é um híbrido entre as escolas estaduais regulares e as totalmente militares, mantidas pela Polícia Militar de SC.