A Secretaria da Agricultura e da Pesca irá investir na melhoria da qualidade da maricultura catarinense, a partir de março de 2013, com a implantação do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIF). O Sistema atesta a qualidade dos produtos de origem animal, sob o aspecto sanitário e tecnológico, oferecidos ao mercado consumidor e será implantado na sede da Cooperativa dos Produtores de Ostras de Florianópolis, localizada no Ribeirão da Ilha.

A Secretaria da Agricultura irá disponibilizar um técnico para fazer a gestão financeira e administrativa da Cooperativa e um veículo para recolhimento das ostras, que poderão ser comercializadas para todo Brasil. O secretário da pasta, João Rodrigues, ressalta a importância da maricultura para a economia catarinense, lembrando que Santa Catarina é responsável por 95% da produção nacional de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, berbigões e vieiras) e que atualmente existem 695 famílias envolvidas no cultivo das ostras, mexilhões e vieiras, que integram 28 associações municipais, uma estadual, além de duas federais e duas cooperativas. “Em Florianópolis, existem três empresas com SIF que comercializam as ostras para todo Brasil e, com esse serviço, a Cooperativa poderá disputar esse mercado promissor. Somente no Sul da Ilha há 128 famílias de maricultores que serão beneficiadas”, observa Rodrigues.

Dentro do Brasil, os principais centros consumidores de ostras são Rio de Janeiro e São Paulo. Os preços variam de acordo com o tamanho das ostras, classificadas em baby, média e grande. Dependendo do estado, há uma preferência pelo tamanho. Por exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro dão preferência à ostra baby (com 6 cm). Outros estados preferem as médias (7 a 8 cm) e Santa Catarina as grandes (8 cm).

Além destes investimentos, João Rodrigues revela que a Secretaria da Agricultura e da Pesca e o Ministério da Pesca e Aquicultura irão assinar três convênios com recursos para área da maricultura no valor de R$ 3.140.636,00 com contrapartida financeira do governo do Estado.

Nesses convênios, estão previstas aquisição de equipamentos para sinalização das áreas de cultivo (bóias e estacas de fixação para sinalização); monitoramento ambiental e gestão dos parques aquícolas licenciados, além de desenvolver ações de extensão aquícolas em 12 municípios de Santa Catarina, com cursos de capacitação técnica.

Em Santa Catarina, as principais áreas de cultivo são: Palhoça, Florianópolis, Biguaçú, Governador Celso Ramos, Bombinhas, São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Penha, Itapema, Porto Belo e São José. 90% da produção de ostras são originárias da Baía Norte e Sul (Florianópolis, Palhoça, São José, Biguaçú e Governador Celso Ramos), com destaque para região do Ribeirão da Ilha, onde se concentra a maior produção de ostras.